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Ao menos 15 morrem e 300 ficam feridos após confrontos no Iraque em meio à crise política

Ao menos 15 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas em confrontos entre partidários do líder xiita Muqtada Sadr e grupos armados de seus rivais políticos em Bagdá e em outras províncias, relatou a TV árabe Al Arabiya, citando autoridades médicas.
Sputnik
De acordo com o canal, os confrontos ocorrem entre a brigada Saraya Al Salam (Forças de Paz), vinculada a Sadr e as formações da milícia xiita al-Hashd al-Shaabi (Forças de Mobilização Popular). As partes usam morteiros e metralhadoras pesadas, segundo a mídia.
A TV informou que dois soldados do exército iraquiano, acionado para reforçar a segurança em Bagdá, estão entre as vítimas fatais dos confrontos na Zona Verde de Bagdá.
A crise estourou no país após Muqtada Sadr anunciar sua retirada da vida política e iniciar uma greve de fome. Inconformados, apoiadores do clérigo xiita invadiram o palácio do governo nesta segunda-feira (29).

"Manifestantes leais a Sadr derrubaram as barreiras de cimento do lado de fora do palácio do governo com cordas e romperam os portões. Muitos correram para os luxuosos salões de mármore do palácio, um importante ponto de encontro para chefes de Estado iraquianos e dignitários estrangeiros", informou o Al Arabiya.

Forças de segurança do Iraque lançam gás lacrimogêneo contra apoiadores do clérigo xiita Muqtada Sadr dentro do palácio do governo, em Bagdá, no Iraque
Sadr renunciou a atividades políticas e a todos os cargos em seu partido em protesto contra a relutância do governo do país em realizar eleições parlamentares antecipadas.
As últimas eleições parlamentares foram realizadas em outubro de 2021. O partido Movimento Sadrista, de Sadr, ficou em primeiro lugar no pleito, conquistando um quarto dos 329 assentos do Parlamento, mas não conseguiu formar uma coalizão para governar.
O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Kazimi, chegou a apelar a Sadr para que pedir que seus apoiadores deixassem os prédios do governo.
Mas a situação só foi contornada depois que as forças de segurança iraquianas retomaram o controle do palácio do governo, com o uso de armas de fogo e gás lacrimogêneo.
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