Panorama internacional

Índia critica China por lista de terrorismo da ONU com 'padrões duplos'

A Índia fez a referência velada dois meses depois que a China suspendeu tecnicamente uma proposta conjunta movida por Nova Deli e Washington para listar o paquistanês Abdul Rehman Makki sob o Comitê de Sanções da Al Qaeda 1267 do Conselho de Segurança da ONU. Makki supostamente ocupou vários cargos de liderança no Lashkar-e-Taiba.
Sputnik
A representante permanente da Índia na ONU, a embaixadora Ruchira Kamboj, criticou os Estados por bloquearem propostas para sancionar alguns dos "terroristas mais notórios" do mundo sob as regras da ONU.
A diplomata disse que "duplos padrões" tornaram a credibilidade das sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) em nível "mínimo histórico".
"A prática de colocar retenções e bloqueios em solicitações de listagem sem dar qualquer justificativa deve acabar", disse a embaixadora recém-nomeada na terça-feira (9).
Em um caso particularmente pertinente, a China supostamente atrasou a designação do chefe do Jaish-e-Mohammed, Masood Azhar, como terrorista global por dez anos, de acordo com Kamboj.
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A diplomata indiana destacou o último relatório do secretário-geral sobre as ameaças do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) por não tomar conhecimento das atividades dos vários grupos proscritos no sul da Ásia, "especialmente aqueles que têm repetidamente como alvo a Índia".
"A filtragem seletiva de contribuições dos Estados-membros é desnecessária", sublinhou Kamboj ao falar na reunião do CSNU sobre "ameaças à paz e segurança internacionais causadas por atos terroristas".
Enquanto isso, como presidente do Comitê de Combate ao Terrorismo, a Índia convocou uma reunião presencial de todos os 15 membros do CSNU em Nova Deli e Mumbai em outubro.
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