Panorama internacional

Oposição do Paquistão vê influência dos EUA por trás de 'sequestro' de assessor de ex-premiê

O partido Tehreek-e-Insaf, uma ex-alta responsável e um ex-premiê paquistaneses acusaram uma conspiração dos EUA como orquestradora do "sequestro" de um assessor do último primeiro-ministro.
Sputnik
Shahbaz Gill, ex-assessor especial de Imran Khan, ex-premiê do Paquistão (2018-2022), está sendo alvo de uma conspiração política por parte dos EUA, sugeriram opositores paquistaneses.
Gill foi forçado a sair de seu carro e detido pela polícia em uma estrada movimentada em Islamabad, Paquistão, contou na terça-feira (9) o partido Tehreek-e-Insaf (PTI, na sigla em inglês).
"Isto é um sequestro, não uma detenção. Será que tais atos vergonhosos podem ocorrer em qualquer democracia? Os trabalhadores políticos são tratados como inimigos, e tudo para nos fazer aceitar um governo de bandidos apoiado por estrangeiros", de acordo com Khan.
Imran Khan também citou uma declaração do motorista de Gill, que disse que o político do PTI foi supostamente torturado e puxado para fora de seu carro.
Shireen Mazari, ex-ministra dos Direitos Humanos paquistanesa, declarou que a detenção faz parte do "grande projeto da conspiração de mudança de regime dos EUA e seus incitadores".
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De acordo com a polícia de Islamabad, Gill foi detido por "fazer declarações ao público contra as instituições estatais e incitar o povo à rebelião", acusações rejeitadas pelo PTI.
O PTI intensificou sua campanha contra o governo federal desde que expulsou o partido governista do poder na província de Punjab, a mais populosa do país, em julho.
Khan, que perdeu o poder em abril, tem criticado o atual governo de Shehbaz Sharif como "importado" e acusou os EUA de o impor aos cidadãos paquistaneses. Khan acusa Washington de conspirar contra seu governo enquanto seu partido seguia uma política externa independente, sustentada pelos interesses nacionais do país.
Sharif, por sua vez, chamou Khan de um "mentiroso certificado" depois que a comissão eleitoral decidiu contra o PTI em um caso de financiamento estrangeiro. O atual governo também exigiu à comissão eleitoral que desqualificasse Khan em relação ao caso de doação Toshakhana, no qual, segundo Sharif, Khan vendeu para lucro pessoal presentes oficiais dados a ele durante seu mandato, incluindo conjuntos de joias com diamantes, pulseiras e relógios de pulso.
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