Panorama internacional

Mídia: autoridades da Polônia de oposição foram alvo do spyware Pegasus adquirido pelo governo

Caso polonês engrossa a larga lista de governos, autoridades e jornalistas que foram espionados pelo programa hacker israelense. Atual governo admitiu em janeiro deste ano ter comprado o sistema.
Sputnik
Importantes ex-funcionários do governo polonês foram identificados como tendo seus telefones hackeados pelo spyware Pegasus, desenvolvido pelo grupo israelense NSO, disse a Anistia Internacional citada pelo The Times of Israel.
A Anistia apontou como supostos alvos os ex-vice-ministros do Tesouro Pawel Tamborski e Rafal Baniak, bem como alguns assessores do governo anterior. Segundo a mídia, ambos estavam ligados à venda da gigante química estatal CIECH a um investidor privado em 2014.
O atual governo, que chegou ao poder em 2015, diz que a empresa foi vendida com prejuízo e culpa membros da gestão anterior, entretanto, o porquê da tentativa de hacking não estava clara.
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No final de dezembro do ano passado, pesquisadores de segurança afiliados à Universidade de Toronto, no Canadá, determinaram que um senador polonês, um advogado e um promotor – todos críticos do partido governista Lei e Justiça – foram hackeados com o spyware Pegasus.
Desde então, mais nomes foram adicionados à lista. Um painel do Senado polonês abriu uma investigação, mas não tem medidas punitivas à sua disposição. Os serviços de segurança de Varsóvia insistem que qualquer vigilância só é efetuada em casos justificados e de acordo com a lei.
No entanto, a mídia afirma que as revelações na Polônia levaram o líder do partido no poder, Jaroslaw Kaczynski, a reconhecer publicamente pela primeira vez em janeiro que a Pegasus foi comprada pelo Estado polonês.
Kaczynski descreveu Pegasus como uma ferramenta para combater o crime e negou que os oponentes políticos fossem alvos.
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