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Taiwan realiza exercícios com mísseis Javelin para impedir possível ataque de Pequim (VÍDEO)

Apelidados de "matadores de tanques", os mísseis Javelin norte-americanos representam um componente de luta antitanque essencial para Taipé.
Sputnik
De acordo com o South China Morning Post, os militares taiwaneses têm usado mísseis Javelin fabricados nos EUA em treinamentos para testar sua eficácia em ajudar a impedir possíveis ataques da China continental.
A 66ª Brigada de Fuzileiros Navais, que tem uma unidade que protege Taipé, capital da ilha, tem praticado o disparo desses mísseis portáteis, apelidados de "matadores de tanques". De acordo com a Agência de Notícias Militar, afiliada ao Ministério da Defesa de Taiwan, fuzileiros navais da brigada se juntaram a unidades da Força Aérea e do Exército em uma série de exercícios na semana passada (28) no Comando da Base de Treinamento de Operações Conjuntas em Pingtung, sul de Taiwan.
Durante o treinamento, os caças F-16 da Força Aérea usaram foguetes de engodo para evitar mísseis terra-ar e ar-ar guiados por calor. Também foram usados nos exercícios obuseiros, morteiros, tanques, veículos de assalto anfíbio e helicópteros OH-58D fabricados nos EUA, disse a agência.
O FGM-148 Javelin (AAWS-M) de fabricação americana, que está em uso desde 1996, é um sistema portátil de mísseis antitanque. Sua ogiva é capaz de destruir tanques modernos acertando-os de cima, onde sua blindagem é mais vulnerável.
O Javelin, que tem alcance de 2,5 km, com altitude de 150 metros para ataques com ângulo de mergulho e 60 metros para tiro direto, também pode ser usado para atacar prédios, helicópteros e alvos sob obstruções ou que estejam muito próximos para tentar um ataque de mergulho.
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As Forças Armadas de Taiwan têm cerca de 1.000 desses mísseis para uso no Exército e no corpo de fuzileiros navais e já comprou mais 400 deles dos Estados Unidos, aguardando a entrega dos primeiros lotes, a partir deste ano. Segundo o Ministério da Defesa do país, os mísseis e 42 sistemas de lançamento custaram US$ 112 milhões (cerca de R$ 521,8 milhões).
Nos últimos anos, as tensões entre Pequim e Taiwan aumentaram, com o Exército Popular de Libertação do continente enviando aviões de guerra para a zona de defesa aérea de Taiwan e realizando jogos de guerra nas proximidades.
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