De acordo com o jornal, as negociações estão sendo realizadas há seis anos, mas aceleraram nas últimas semanas devido à crescente frustração de Riad com Washington, inclusive por causa das hostilidades da administração Biden em relação à guerra da coalizão liderada pelos sauditas no Iêmen e a intenção norte-americana de reviver o acordo nuclear com o Irã de 2015.
"A dinâmica mudou drasticamente. As relações dos EUA com sauditas têm mudado, a China é a maior importadora de [petróleo] bruto do mundo. Eles [chineses] estão oferecendo muitos incentivos lucrativos ao reino", disse ao WSJ um funcionário saudita familiarizado com as conversações."China tem oferecido tudo o que você pode imaginar para o reino."
Após a notícia do potencial negócio da Arábia Saudita com a China, a cotação do yuan offshore aumentou em relação ao dólar dos EUA durante negociações asiáticas, informa a agência Bloomberg. No entanto, ficou abaixo em relação ao seu valor há apenas alguns dias.
Ao ser questionado por um jornalista sobre eventual acordo, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que Washington não estava pedindo aos seus aliados para escolher entre eles e a China.
Um declínio nas compras de petróleo feitas em dólar norte-americano significa que menos compradores internacionais terão moeda excedente dos EUA que precisa ser reciclada em transações comerciais ou investimentos.
Em contraste, um petroyuan aumentaria a mesma dinâmica para a China, potencialmente levando a um aumento do comércio e investimento.
China já compra um quarto das exportações de petróleo da Arábia Saudita que são as maiores do mundo, e, desde 2018, Pequim tem oferecido contratos de petróleo em moeda chinesa.