Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 11 de janeiro

Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta terça-feira (11), marcada pela morte de David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, pela estabilização da situação no Cazaquistão e pela quinta posse de Daniel Ortega como presidente da Nicarágua.
Sputnik

COVID-19 no Brasil: Saúde reduz prazo de isolamento para assintomáticos

Nesta segunda-feira (10), o Ministério da Saúde anunciou a redução do tempo de isolamento para pacientes recém-recuperados da COVID-19. O período cairá de dez para sete dias se o paciente estiver assintomático, e ele não precisa fazer o teste. Caso a pessoa não tenha sintomas respiratórios, nem febre por 24 horas, o período pode cair ainda até cinco dias, mas apenas se o teste para COVID-19 for negativo. A contagem deve ser feita a partir do início dos sintomas. Após dez dias, o paciente assintomático pode sair do isolamento. Porém, a pasta insta os pacientes a observarem as recomendações até o último dia da quarentena. Entretanto, o Brasil confirmou mais 111 mortes e 34.215 casos de COVID-19, totalizando 620.142 óbitos e 22.556.525 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Pacientes aguardando na fila para ser testados para COVID-19 no Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 2022

Bolsonaro diz que não admitirá ser banido das redes

Em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro declarou que não admitirá seu banimento das redes sociais. O chefe do Executivo caracteriza essa medida como "fora das quatro linhas" da Constituição. "A gente não pode admitir um jogo baixo dessa natureza. Aí não é uma disputa dentro do critério democrático, é uma imposição. A gente não pode admitir isso aí", cita suas palavras o Correio Braziliense. Ele ainda denunciou a jornalista Míriam Leitão por, segundo ele, sugerir o banimento. O presidente da República também criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que, no ano passado, cassou o mandato do deputado estadual Felipe Francischini após a divulgação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. "O que é natural é o chefe do Executivo tomar medidas restritivas para ele continuar no poder", afirmou.
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante entrevista coletiva no Hospital Vila Nova Star, onde foi tratado devido a obstrução intestinal em São Paulo, Brasil, 5 de janeiro de 2022

Presidente Tokaev diz que tentativa de golpe de Estado no Cazaquistão fracassou

O presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokaev, disse hoje (11) que o Cazaquistão foi alvo de uma guerra terrorista. "Uma guerra terrorista foi desencadeada contra nosso país. O inimigo mostrou uma crueldade extrema e prontidão de dar quaisquer passos. Ele semeou o medo entre a população, a fim de suprimir até mesmo a própria ideia de resistência", disse, acrescentando ainda que a tentativa do golpe fracassou. O líder também criticou o Conselho de Segurança Nacional do país por não conseguir detectar a ameaça à segurança da nação cazaque. Além disso, Tokaev assinou o decreto sobre a nomeação do antigo vice-premiê Alikhan Smailov como o chefe do governo, cuja candidatura foi aprovada no mesmo dia pela câmara baixa do Parlamento. A situação no Cazaquistão está se estabilizando e as manifestações violentas já terminaram, disse o gabinete do presidente. Enquanto isso, o serviço de imprensa da chancelaria chinesa negou os relatos de que o ex-presidente do Cazaquistão Nursultan Nazarbaev se encontre na China.
Escultura retratando o primeiro presidente cazaque, Nursultan Nazarbaev, em Almaty, suja de lama durante os recentes protestos no país, 11 de janeiro de 2022

China exorta a não permitir guerra nos países da Ásia Central

A China e a Rússia, sendo membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, não devem permitir que os países da Ásia Central mergulhem no caos e na guerra, disse ontem (10) o chanceler chinês, Wang Yi, em conversa telefônica com seu homólogo russo, Sergei Lavrov. "A China e a Rússia, como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e vizinhos dos países centro-asiáticos, não devem permitir que a Ásia Central mergulhe no caos e na guerra", disse ele, citado pelo ministério. O chanceler acrescentou que "Moscou e Pequim devem continuar reforçando a cooperação e interação, bem como impedir a interferência de forças externas nos assuntos internos dos países da Ásia Central". Além disso, Wang Yi exortou a não permitir que "as revoluções coloridas" e as "três forças do mal" (terrorismo, extremismo e separatismo) "provoquem o caos".
Chanceler chinês, Wang Yi, e chanceler russo, Sergei Lavrov, durante reunião da CSTO em Dushanbe, Tajiquistão, 16 de setembro de 2021

Pela 5ª vez, Daniel Ortega é empossado como presidente da Nicarágua

O líder do partido nicaraguense Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Daniel Ortega, foi empossado nesta terça-feira (11) como presidente do país pela quarta vez consecutiva e pela quinta vez em sua carreira política. O evento foi assistido pelas delegações de mais de 20 países, incluindo da Síria, Irã, Turquia, Índia, Coreia do Norte, China, Argentina, México e Rússia, inclusive pelos presidentes de Cuba, Venezuela e Honduras. A cerimônia de posse aconteceu na capital da Nicarágua, Manágua, logo depois que a União Europeia e os Estados Unidos anunciaram novas sanções, como congelamentos de ativos e restrições de vistos, contra membros da família de Ortega, incluindo sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, bem como contra o ministro da Defesa, os dirigentes do Instituto das Telecomunicações Nacionais e da Companhia Nacional de Mineração da Nicarágua. Desde o início de junho, várias dezenas de políticos e ativistas de oposição foram detidos no país por diversas denúncias, inclusive alguns candidatos à presidência. A Nicarágua teve eleições em 7 de novembro, com o partido governista obtendo 75,87% dos votos.
Presidente da Assembleia Nacional da Nicarágua, Gustavo Porras, com presidente nicaraguense, Daniel Ortega e vice-presidente Rosario Murillo, durante a posse de Ortega em Manágua, Nicarágua, 10 de janeiro de 2022

Presidente do Parlamento Europeu morre na Itália

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, morreu na Itália, na manhã desta terça-feira (11), informou seu porta-voz Roberto Cuillo ao RaiNews24. Ele tinha 65 anos. O porta-voz disse que o político e jornalista faleceu no centro do câncer na cidade italiana de Aviano às 01h15 no horário local. Na segunda-feira (10), Cuillo informou que Sassoli tinha sido hospitalizado no dia 26 de dezembro devido a uma complicação grave relacionada com a disfunção do sistema imune. Sassoli foi eleito ao Parlamento Europeu pela primeira vez em 2009. Em 2014, ele ganhou mais um mandato e foi escolhido para vice-presidente do órgão. O político decidiu não concorrer à reeleição quando os legisladores votaram para nomeá-lo novo presidente. Sua eleição como chefe do Parlamento Europeu em 2019 significou que a Itália manteve um dos três postos-chave nas instituições europeias.
David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, durante reunião do órgão na França, 7 de julho de 2021
Comentar