Deputado ucraniano quer privar Rússia da Ponte da Crimeia como 'indenização'

O senador da Suprema Rada ucraniana, Refat Chubarov, propôs criar um "consórcio internacional especial" para explorar a Ponte da Crimeia.
Sputnik

De acordo com o político, a Rússia deve entregar a ponte ao "consórcio" na qualidade de compensação pela "ocupação" da península.

"A ponte será parte daquela grande contribuição para compensar os prejuízos causados pela Rússia à Ucrânia", afirmou Chubarov em entrevista ao portal on-line Obozrevatel.

Para mais, o senador propôs controlar e ao menos avisar publicamente cada pessoa que visita a Crimeia "sobre [seus] atos ilegais". Chubarov qualifica as viagens à península como "ilegais".

Ponte da Crimeia conclui testes de resistência aguentando caminhões de 35 toneladas
Ele acrescentou que as autoridades já estão debatendo a introdução de sanções em relação às pessoas que visitam a península.

Por sua vez, Yuri Gempel, vice-presidente do Comitê do Conselho de Estado da Crimeia para as Relações Interétnicas, achou ridículas as propostas de Chubarov.

"É equivalente a pedir para que lhes entreguem o Kremlin, ou seja, é absolutamente impossível", afirmou Gempel.

Para ele, ultimamente as autoridades ucranianas têm praticando muitas loucuras para tentar prolongar seu mandato. Contudo, segundo afirmou Gempel, tal tipo de declarações só serve para os descreditar.

Radicais ucranianos pretendem bloquear ponte da Crimeia
O deputado da Duma de Estado russa, Dmitry Belik, também ridicularizou as afirmações de Refat Chubarov, recordando que, desde o início da construção da ponte, muitos políticos ucranianos declaravam que o projeto não seria finalizado e que a Rússia desenhava a ponte em editores gráficos e montava vídeos sobre sua construção.

Refat Chubarov, deputado da Suprema Rada e líder do Majlis (Congresso do Povo Tártaro da Crimeia, organização proibida na Rússia), é famoso por suas iniciativas e declarações antirrussas. O político foi um dos organizadores do bloqueio energético e alimentar à Crimeia em 2015.

Comentar