Marinha da Ucrânia revela como frota do país 'sacrificou-se' em 2014

Durante a reunificação da Crimeia com a Rússia em 2014, a Marinha ucraniana "sacrificou-se" para que Kiev tivesse mais tempo para conseguir colocar seu exército em prevenção.
Sputnik

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"Estivemos envolvidos nisso para permitir às estruturas mais altas prepararem as Forças Armadas do país para atuarem naquela situação", afirmou em uma entrevista ao canal 112 Ukraina a vice-comandante da Marinha da Ucrânia, capitão-de-mar-e-guerra Marina Kanalyuk.

De acordo com ela, tal situação continuou durante um mês, mas "isso não foi fácil".

Posteriormente, o Estado elaborou um mecanismo para usar as Forças Armadas na operação antiterrorista [ATO, na sigla em russo], indicou.

Ao mesmo tempo, ela sublinhou que "as forças navais, de fato, sacrificaram-se para que a Ucrânia tivesse chance de juntar todo o poder militar que tivesse, o que estava pronto e o que não estava".

Assim, destacou, a frota teve que atuar sem comandante-chefe e sem ministro da Defesa, enquanto as estruturas locais do Ministério dos Assuntos Internos e do Serviço Federal de Segurança da Ucrânia ficaram do lado da Rússia.

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Depois da reintegração da Crimeia na Rússia em 2014, Moscou devolveu parcialmente os navios ucranianos a Kiev. Quando, em janeiro de 2018, o presidente russo Vladimir Putin propôs à Ucrânia devolver o resto do seu material militar posicionado na península, o líder ucraniano Pyotr Poroshenko declarou que receberá seus navios da Crimeia só juntamente com a península.

A península da Crimeia se reintegrou na Rússia após um referendo realizado em março de 2014. Na sequência da votação, 96,77% dos eleitores da República da Crimeia e 95,6% dos residentes da cidade de Sevastopol se manifestaram pela reunificação com a Rússia. O pleito teve lugar após o golpe de Estado na Ucrânia.

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