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Brasil se torna membro do CERN, laboratório que abriga maior colisor de partículas do mundo

© AFP 2023 / Bertrand GuayEsta fotografia mostra o experimento ATLAS no CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) em Meyrin, perto de Genebra, em 16 de novembro de 2023
Esta fotografia mostra o experimento ATLAS no CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) em Meyrin, perto de Genebra, em 16 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.03.2024
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Após 14 anos de tratativas, o Brasil tornou-se membro associado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN, na sigla em francês), anunciou na sexta-feira (22) o maior laboratório de física da Europa.
O laboratório é responsável pela operação do maior colisor de partículas do mundo, palco de uma das grandes descobertas da história da física: o bóson de Higgs, apelidado de "partícula de Deus".
Ao se tornar membro, o Brasil será o primeiro país das Américas a fazer parte do centro que também deu origem à World Wide Web.
A relação entre o país sul-americano e o centro remonta a 1990, com a assinatura de um Acordo de Cooperação Internacional, permitindo que pesquisadores brasileiros participassem do experimento DELPHI no Large Electron-Positron Collider (LEP).
Na última década, a comunidade experimental de física de partículas do Brasil dobrou de tamanho, ressalta o CERN em um comunicado.
Sendo agora membro associado, "o Brasil tem o direito de nomear representantes para participar das reuniões do Conselho do CERN e do Comitê de Finanças. Os seus cidadãos são elegíveis para se candidatarem a cargos de duração limitada e aos programas de pós-graduação do CERN, e a sua indústria tem o direito de concorrer a contratos do CERN, aumentando as oportunidades de colaboração industrial em tecnologias avançadas", diz o laboratório.
No ano passado, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, visitou o centro em Genebra, com uma delegação de deputados, segundo o jornalista Jamil Chade no UOL.
Em coletiva depois da visita, a chefe da pasta rebateu críticos que questionam o uso dos recursos para um projeto no exterior.
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Estima-se que o Brasil terá de pagar cerca de US$ 12 milhões (R$ 59,4 milhões) por ano para formalizar a participação.
Mas segundo Santos, a adesão vai permitir que a indústria nacional possa entrar em um mercado milionário e fornecer tecnologia. Ainda de acordo com a ministra, o CERN oferece hoje contratos US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) e o Brasil quer uma fatia disso, relata o jornalista.
No caso, 70% da contribuição brasileira seria revertida em contratos do organismo internacional a empresas nacionais. "A adesão abre muitas possibilidades para a indústria brasileira", afirmou Santos.
O laboratório do CERN, nos arredores de Genebra, fica na fronteira entre a França e a Suíça e emprega cerca de 2.500 pessoas de todo o mundo. Fundado em 1954, o CERN tem 23 Estados-membros: 22 da Europa, mais Israel.
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