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'Solução final': embaixadora dos EUA usa termo nazista ao falar sobre conflito entre Israel e Hamas

© AP Photo / John MinchilloA representante permanente dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, em 19 de abril de 2022.
A representante permanente dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, em 19 de abril de 2022.  - Sputnik Brasil, 1920, 20.02.2024
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Após os Estados Unidos vetarem, novamente, proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, a embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, utilizou o termo "solução final" — o mesmo utilizado pelo regime nazista durante a perseguição aos judeus — para descrever o que os estadunidenses esperam do conflito.
"Queremos fazer do jeito certo para criar condições adequadas para um futuro mais seguro e pacífico. E continuaremos engajados com o trabalho duro de diplomacia até que cheguemos a 'solução final", disse, em discurso no Conselho de Segurança da ONU, conforme trecho divulgado nas redes sociais.
De acordo com publicação do Museu Americano do Holocausto, a "solução final para a questão judia" se trata de um "eufemismo usado pelas autoridades nazistas alemãs".
"[O termo] se referia ao assassinato em massa dos judeus europeus. Era um fim para as políticas que visavam encorajar ou forçar os judeus a deixarem a Alemanha e outras partes da Europa. Tais políticas foram substituídas por uma aniquilação sistemática."
Os EUA vetaram nesta terça-feira (20) outra resolução que pedia cessar-fogo em Gaza. Para o representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, foi uma demonstração de que não querem a paz no Oriente Médio.
Os EUA usaram, pela terceira vez, seu poder de veto para bloquear uma resolução de cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas. A resolução, proposta pela Argélia, apelava por "um cessar-fogo humanitário imediato a ser respeitado por todas as partes".
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Nebenzya classificou a resolução elaborada pela Argélia como "robusta" e "equilibrada". Foram 13 votos favoráveis à proposição argelina, com abstenção do Reino Unido. Apenas os EUA votaram contra.
O projeto também previa que todas as partes no conflito cumprissem "suas obrigações conforme o direito internacional", em particular em relação a todos os civis e reféns, além de exigir a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou às partes para que cessassem as hostilidades. O presidente russo Vladimir Putin já afirmou que a resolução da crise do Oriente Médio passa pelo reconhecimento de "dois Estados", aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
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