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Assessora de Carlos Bolsonaro pediu ajuda à Abin sobre investigações contra família do ex-presidente

© Folhapress / Filipe CordonAo centro, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, na Câmara dos Vereadores, no Rio de Janeiro, durante votação de vetos do prefeito Marcelo Crivella (foto arquivo)
Ao centro, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, na Câmara dos Vereadores, no Rio de Janeiro, durante votação de vetos do prefeito Marcelo Crivella (foto arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 29.01.2024
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Uma das assessoras do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), pediu ajuda da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — onde um suposto esquema de espionagem é investigado — para proteger a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de investigações contrárias ao clã político.
Segundo mostrou o portal g1, o pedido se comprova em conversas com uma das assessoras do então diretor-geral do órgão, Alexandre Ramagem, de outubro de 2022.
Os diálogos constam na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que embasa a operação deflagrada nesta segunda-feira (29).
Nas mensagens, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida diz a Priscilla Pereira e Silva, assessora de Ramagem, que precisa muito de "uma ajuda" e envia dois números de inquéritos que, segundo a mensagem, envolvem o então presidente da República e três de seus filhos — o que foi confirmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Bolsonaros e a investigação da Abin paralela

Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) realizou mandados de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente brasileiro. As ações fazem parte da operação Vigilância Aproximada, que investiga a atuação ilegal de espionagem durante o governo bolsonarista.
As investigações revelaram, segundo fontes ligadas ao caso, que Carlos teria sido beneficiado pela chamada Abin paralela em pelo menos duas situações. A assessora teria solicitado informações sobre inquéritos sigilosos envolvendo membros do clã.
Em troca de mensagens, Almeida pede ajuda a Ramagem, mencionando a necessidade de informações sobre inquéritos em andamento na PF. A corporação afirma que essas mensagens revelam a tentativa de obter informações privilegiadas por parte do vereador e de sua equipe.
O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente e vereador do Rio de Janeiro, 6 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 29.01.2024
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Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF: vereador recebia 'materiais' da Abin paralela, diz mídia
Um material encaminhado ao STF também indica que Ramagem teria imprimido informações sigilosas sobre inquéritos policiais do Rio de Janeiro.
Esses documentos, segundo a PF, teriam sido "possivelmente" destinados ao "núcleo político" por trás do esquema de espionagem ilegal na Abin durante o governo Bolsonaro.
A análise aponta que as impressões continham detalhes como o número do inquérito, o nome do investigado, o cargo político e o partido da pessoa envolvida.
Polícia Federal - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2024
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O ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, afirmou que a existência de uma "organização criminosa infiltrada na Abin" foi significativamente comprovada pelas evidências coletadas até o momento.
De acordo com a decisão dele, a investigação aponta para a existência do "núcleo político" envolvido na espionagem, que teria monitorado indevidamente "inimigos políticos" e buscado informações sobre investigações relacionadas aos filhos de Jair Bolsonaro durante seu mandato presidencial.
A operação desta segunda-feira (29) é um desdobramento da ação realizada na quinta-feira (25), que teve como alvo o próprio Ramagem.
Carlos Bolsonaro teve o celular e três computadores apreendidos em sua residência em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A PF também cumpriu mandados no gabinete do parlamentar municipal na Câmara dos Vereadores, na capital fluminense.
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