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Segurança da África precisa de mais apoio e menos presença militar estrangeira, diz analista

© Sputnik / Grigory Sysoev / Acessar o banco de imagensCyril Ramaphosa, presidente sul-africano, discursa durante a 15ª Cúpula do BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul
Cyril Ramaphosa, presidente sul-africano, discursa durante a 15ª Cúpula do BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul - Sputnik Brasil, 1920, 04.01.2024
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Quase dois anos e meio após o término da campanha dos Estados Unidos no Afeganistão, que terminou em uma derrota inglória, os EUA querem expandir suas operações militares em outra parte do globo.
Os Estados Unidos estão tentando persuadir vários Estados da África Ocidental a permitir o uso dos seus campos de aviação para realizar operações com drones, conforme aponta o relatório do The Wall Street Journal.
Essa medida visa, em tese, conter a propagação de grupos terroristas islâmicos em Gana, Benin e Costa do Marfim, afirmou o veículo de comunicação.
Adicionalmente, destacou que os drones dos EUA poderiam supostamente "realizar vigilância aérea de movimentos militantes ao longo da costa e fornecer informações para aconselhamento tático às tropas locais durante operações de combate".
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Entretanto, a iniciativa dos drones dos Estados Unidos ocorre em meio a uma "mudança no sentimento e atitude pública" nos Estados africanos "contra a presença militar estrangeira", argumentou Ovigwe Eguegu, conselheiro político nigeriano da consultora Development Reimagined.

"A atitude que estamos observando, contrária à presença militar estrangeira, especialmente de grandes potências como os EUA, se deve à preocupação de que estamos agora em uma era de competição de poder, e o risco de conflito por procuração é bastante elevado", disse Eguegu.

"Cidadãos que têm conhecimento do que aconteceu durante a Guerra Fria são muito avessos à presença de tropas estrangeiras."
Ele também observou que as missões militares dos EUA e da França na África, assim como a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização no Mali (Minusma, na sigla em francês), pouco contribuíram para melhorar a situação de segurança nos países onde foram implantadas.
Já os "sucessos alcançados no contraterrorismo" na região foram principalmente atribuídos à Força-Tarefa Conjunta Multinacional (MNJTF, na sigla em inglês), composta por unidades militares do Níger, da Nigéria, do Chade, de Camarões e do Benin.
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"Embora haja espaço para a cooperação militar estrangeira, não há necessidade de presença militar estrangeira no continente, pois os exércitos regionais existem para esse propósito", observou Eguegu.

Ele também sugeriu que é improvável que uma maior "militarização das soluções de segurança" melhore a situação de segurança na África, defendendo uma abordagem diferente.
Segundo Eguegu, a "solução para os desafios de segurança da África, em geral, pode vir na forma de apoio financeiro", quando o apoio estrangeiro se traduz em essência no fornecimento de armas e treinamento às forças locais, não envolvendo necessariamente "operações militares" por forças estrangeiras.
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