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Milei oficializa não adesão da Argentina ao BRICS em carta para países-membros, diz mídia argentina

© AFP 2023 / Luiz RobayoO novo presidente da Argentina, Javier Milei, faz um discurso após tomar posse durante sua cerimônia de posse fora do Congresso em Buenos Aires, em 10 de dezembro de 2023
O novo presidente da Argentina, Javier Milei, faz um discurso após tomar posse durante sua cerimônia de posse fora do Congresso em Buenos Aires, em 10 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2023
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Na visão do presidente, o "momento não é adequado" para país participar do organismo que anunciou sua expansão com seis novos membros (Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã) contando com Buenos Aires.
No final de novembro, a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, afirmou que a Argentina não integraria o BRICS, em uma decisão que reverteu a determinação tomada pelo ex-presidente Alberto Fernández, conforme noticiado.
Agora, a desistência de Buenos Aires foi oficializada em uma carta enviada aos membros do BRICS pelo presidente Javier Milei, na qual Milei diz que "neste momento não é considerado adequado participar como membro da aliança", segundo o site de notícias TN.
Na Casa Rosada, entendem que o pertencimento não gera benefício econômico direto, e que qualquer relação comercial com os países-membros do grupo pode ser negociada bilateralmente, sem a necessidade de mediação através do BRICS, relata a mídia.
No Brasil, país-membro do BRICS, a carta de Milei foi recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com "zero surpresa", e, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, não haverá reação oficial ao documento, "porque não entrar no BRICS é uma decisão soberana da Argentina".
O documento foi enviado ao governo brasileiro através da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, mesmo procedimento usado para comunicar a decisão da Argentina aos demais integrantes do grupo.
BRICS  - Sputnik Brasil, 1920, 21.11.2023
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O jornal ainda afirma que, a pedido de Milei, a chanceler Diana Mondino redigiu uma carta moderada, seguindo um mesmo modelo para os cinco governos integrantes do bloco (Rússia, China, Brasil, Índia e África do Sul), com o objetivo de não causar danos às relações bilaterais com os membros do BRICS.
Deixar o BRICS antes mesmo de oficialmente entrar é outra reviravolta que se soma ao esfriamento das relações com Venezuela, Cuba e Nicarágua, após retirada de embaixadores argentinos desses países, e ao mal-estar gerado com a China e o Brasil durante a campanha.
Mesmo que Milei tenha adotado um tom mais brando em suas críticas a Pequim, o gigante asiático decidiu suspender o acordo que previa um financiamento de US$ 6,5 bilhões (R$ 31,6 bilhões) a Buenos Aires.
Cédula de dólar e yuan (foto ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 19.12.2023
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A recusa argentina para ingressar no grupo também representa, paralelamente, uma nova homenagem aos Estados Unidos, uma vez que Washington enxerga a aliança com suspeita, escreve o TN.
Mesmo sem aderir ao BRICS, a Argentina explorou a possibilidade de entrar no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), visto que poderia ter acesso a fontes de financiamento. Embora também seja chamado de banco do BRICS, não há correlação entre pertencer ao grupo e ao banco.
Porém, para entrar, Buenos Aires teria que pagar uma taxa que hoje o país não estaria disposto devido à sua delicada situação econômica.
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