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Reféns israelenses mortos pelas FDI tinham bandeira branca na mão; protestos eclodem em Tel Aviv

© AFP 2023 / Ahmad GharabliParentes e apoiadores de reféns detidos por militantes palestinos manifestam-se em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Tel Aviv, em 15 de dezembro de 2023
Parentes e apoiadores de reféns detidos por militantes palestinos manifestam-se em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Tel Aviv, em 15 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2023
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Com cartazes pedindo "traga-os para casa agora" e "exigimos um acordo", grupo de israelenses se reuniu em frente à base militar de Tel Aviv, depois, marchou pelas ruas da cidade. Mortos em Gaza já ultrapassaram a marca dos 19 mil.
Na sexta-feira (15), foi noticiado que Israel matou três reféns israelenses por engano, uma vez que eles conseguiram escapar do cativeiro em que estavam no norte da Faixa de Gaza. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, confirmou a ação dos militares, que teriam atirado por entender que se tratava de ameaças.
No entanto, de acordo com a agência Reuters, os reféns seguravam uma bandeira branca quando saíram do local, disse uma autoridade militar neste sábado (16) ouvida pela mídia.

"Eles estão todos sem camisa e têm um bastão com um pano branco. O soldado se sente ameaçado e abre fogo. Ele declara que eles são terroristas. Eles [as FDI] abrem fogo. Dois [reféns] são mortos imediatamente. Imediatamente, o comandante do batalhão emite uma ordem de cessar-fogo, mas novamente há outra explosão de fogo em direção à terceira figura e ele também morre", disse a autoridade israelense a repórteres em uma entrevista por telefone.

Os militares identificaram três reféns mortos em Shejaiya, um subúrbio a leste da cidade de Gaza, como Yotam Haim e Alon Shamriz, sequestrados no kibutz Kfar Aza, e Samer al-Talalka, sequestrado no vizinho kibutz Nir Am.
Em protesto, centenas de israelenses voltaram às ruas de Tel Aviv para pedir a libertação imediata dos sequestrados na guerra contra o Hamas.
Os protestos foram marcados ainda por várias bandeiras de Israel cobertas com tinta vermelha, cartazes com fotos dos três reféns mortos e de pessoas que permanecem desaparecidas, relata o G1.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas às famílias e disse que aprendeu "lições necessárias". Mas afirmou que incursões seguirão.
"Uma tragédia terrível, eu acho. Um acordo deveria ter sido feito muito, muito antes. E todas as vidas de todas as pessoas inocentes poderiam ter sido poupadas. Acho que é uma grande tragédia o que está acontecendo aqui agora em todos [... ] em todos [...] os aspectos", lamentou um manifestante citado pela mídia.
As mortes ocorreram no mesmo dia em que a Al Jazeera disse que um de seus cinegrafistas em Gaza, Samer Abu Daqqa, foi morto em um ataque aéreo que também feriu um de seus colegas. A Al Jazeera disse que as equipes de resgate não conseguiram chegar a Abu Daqqa por causa do bombardeio israelense.
Soldados israelenses espancaram severamente o jornalista palestino Mustafa Haruf, que trabalha para a agência pública turca Anadolu, e o ameaçaram com fogo real e em Jerusalém Oriental. Ele está hospitalizado com ferimentos graves na cabeça
Ontem (15), o comissário-geral da Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse que a população na Faixa de Gaza está "desesperada, faminta e aterrorizada".

"Eu vi com meus olhos que as pessoas em Rafah começaram a decidir se servir diretamente do caminhão, em desespero total e comer o que pegaram do caminhão no local", afirmou.

No entanto, vídeos de soldados das FDI fazendo coreografias, simulando disparo de bombas e debochando da destruição em meios aos escombros viralizaram nas redes sociais. Um dos mais vistos é um no qual dois soldados israelenses colocam fogo sorrindo em um caminhão com ajuda humanitária para Gaza.
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