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Analista: Biden tenta, sem sucesso, justificar em artigo sua fracassada política externa

© AP Photo / Patrick SemanskyJoe Biden em coletiva na Casa Branca, em Washington (DC). EUA, 7 de julho de 2023
Joe Biden em coletiva na Casa Branca, em Washington (DC). EUA, 7 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.11.2023
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O artigo de opinião escrito pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no jornal norte-americano The Washington Post, no último sábado (18), está repleto de retórica sem sentido que tenta justificar e explicar a atual política externa fracassada do país, afirmou o analista político sérvio Branko Pavlovic à Sputnik, nesta segunda-feira (20).
Segundo escreveu Joe Biden, os conflitos na Ucrânia e entre Israel e Palestina se transformarão em um "tremendo progresso", e as decisões dos EUA sobre as crises na Europa e no Oriente Médio determinarão o futuro do país para as gerações futuras.

"Biden tenta manter a posição de que a política externa dos EUA na Ucrânia e no Oriente Médio é acertada. Mas, na realidade, não consegue esconder a evidente falácia dessa política, porque tudo está saindo ao contrário do que pretendiam", opina Pavlovic.

Ele defende que a posição dos EUA hoje é muito mais fraca do que quando instigou o conflito na Ucrânia e começou a apoiar a campanha militar do primeiro-ministro judeu, Benjamin Netanyahu, que, em suas palavras, se transformou em uma limpeza étnica em Gaza.

"Afastando-se da rendição iminente do Exército ucraniano e da pacificação da situação em Gaza, ou seja, da possibilidade de evitar uma limpeza étnica dos palestinos, que é o que Netanyahu deseja, vários outros paralelismos e explicações são feitos. Como se tudo isso, se examinado cuidadosamente, fosse normal, e apenas há um problema com pessoas como [o presidente russo, Vladimir] Putin e grupos como o Hamas. E tudo o mais que os Estados Unidos fazem é bom", comentou o analista.

O presidente dos EUA, Joe Biden, durante reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discutir a guerra entre Israel e o Hamas, em Tel Aviv, Israel, em 18 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 20.11.2023
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Avaliando a sugestão de Biden de que "tanto Putin como o Hamas lutam para apagar do mapa as democracias vizinhas", Pavlovic apontou que o que está em jogo aqui é fazer com que aqueles que lutam pela liberdade pareçam malévolos.
"Esse é todo o truque. Na realidade, os Estados Unidos querem dominar o mundo, e precisam fazer com que aqueles que se opõem a isso pareçam a fonte do mal e dos problemas. É algo simples, mas não desaparecerá", afirmou o analista.
Ele destacou que a admissão de Biden de que seu país está travando uma guerra de poderes contra a Rússia é necessária para explicar ao público nacional por que é importante continuar fornecendo ajuda militar à Ucrânia, sugerindo que isso tem algum interesse estratégico para os EUA.
"A opinião pública americana está se afastando de qualquer envolvimento dos Estados Unidos no conflito na Ucrânia e está cada vez menos interessada em sua reputação no mundo. As autoridades americanas sabem que não podem mais manter, muito menos restaurar, sua reputação nos países que não seguem a política americana. Portanto, dedicam-se a fazer declarações de política externa destinadas exclusivamente ao eleitorado dos próprios Estados Unidos", concluiu Pavlovic.
Ao mesmo tempo, a taxa de aprovação do presidente Biden caiu para 40%, o nível mais baixo de sua presidência.
De acordo com a NBC, a maioria dos americanos desaprova a condução da política externa e como o chefe de Estado reagiu à guerra entre Israel e o Hamas.
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