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Polícia Civil do DF mira quadrilha que clonava perfis de ministros para pedir transferências via Pix

CC BY 2.0 / Álvaro Ibáñez / WhatsApp / iOSAplicativo de WhatsApp (foto referencial)
Aplicativo de WhatsApp (foto referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2023
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Criminosos clonavam perfis de ministros e contatavam diretores e presidentes de órgãos públicos e privados para pedir transferências, sob pretexto de ajudar pessoas necessitadas.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta terça-feira (7) a operação Alto Escalão, que investiga uma quadrilha que clonava perfis de ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva em aplicativos de troca de mensagens, em especial o WhatsApp, para contatar diretores e presidentes de órgãos públicos e privados e solicitar transferências de dinheiro via Pix.
No total, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Recife (PE) e um em João Pessoa (PB). Os alvos dos mandados são investigados pelos crimes de fraude eletrônica, que pode resultar em uma pena de quatro a oito anos de prisão, e associação criminosa, que pode resultar em até três anos de prisão.
Segundo informou a PCDF, a operação desta terça-feira é fruto de seis meses de investigação, que contou com a coleta de informações de gabinetes de ministros que tiveram seus nomes e imagens usados indevidamente. A investigação teve início na 5ª DP (área central de Brasília) após alguns dos ministros procurarem a PCDF para reportar o uso indevido de seus nomes e imagens em aplicativos de troca de mensagens.
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Os agentes apuraram que a quadrilha coletava informações sobre os ministros em fontes abertas. Com isso, eles obtinham conhecimento sobre a agenda da autoridade pela qual pretendiam se passar.
Posteriormente, clonavam seus perfis em aplicativos de troca de mensagens, contatavam diretores e presidentes de órgãos públicos e privados e pediam transferências via Pix, sob o pretexto de ajudar pessoas necessitadas.
O argumento usado para enganar as vítimas era que ministros não poderiam transferir diretamente o valor para não ter o nome vinculado à pessoa beneficiada. Os criminosos se comprometiam a ressarcir o dinheiro após a transferência ser realizada.

"Em um dos casos, se passando por um ministro, os autores contataram o presidente de uma associação comercial, sediada no interior de São Paulo, dizendo que estavam com uma demanda na cidade vizinha. Em seguida, disseram que uma pessoa ligada ao falso ministro teria falecido naquela cidade e que precisaria passar alguns recursos financeiros para a família, mas não conseguia efetivar a transação financeira. Dessa forma, pediu para que alguém da associação fizesse por ele com a promessa de que, logo, haveria o ressarcimento", informou a PCDF.

A operação desta terça-feira visa identificar o número de vítimas da quadrilha, bem como o lucro obtido com o crime e o destino do montante arrecadado.
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