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Quase 3,2 mil crianças foram mortas na Faixa de Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas

© Foto / Twitter / ReproduçãoBombardeio das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Gaza, 27 de outubro de 2023
Bombardeio das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Gaza, 27 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 30.10.2023
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Enquanto Israel rejeita qualquer possibilidade de cessar-fogo na guerra com o Hamas, a quantidade de crianças mortas na Faixa de Gaza chegou a quase 3,2 mil em três semanas. Segundo o comissário-geral da Agência da ONU para Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini, o número é maior do que a média anual de óbitos em zonas de conflito desde 2019.

"Quase 3.200 crianças foram mortas em Gaza em apenas três semanas. Isso ultrapassa o número de crianças mortas anualmente nas zonas de conflito do mundo desde 2019", disse Lazzarini aos membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na reunião sobre a Palestina.

O líder da ONU acrescentou que há um "nível de destruição sem precedentes" em todo o território de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas. Enquanto a ajuda humanitária chega a conta-gotas, com a entrada de apenas 150 caminhões em pouco mais de uma semana, os hospitais estão em colapso, falta comida e muitas pessoas já recorrem a fontes de água poluída.
Conforme a organização, são necessários pelo menos 300 veículos por dia para amenizar a situação. "O nível de destruição não tem precedentes, a tragédia humana que se desenrola sob a nossa vigilância é insuportável", disse Lazzarini, que ainda classificou como "chocantes" tanto os ataques do Hamas quanto os "incansáveis bombardeios" diários das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Os representantes dos países que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU se reuniram na tarde desta segunda-feira (30), na última sessão sob a presidência brasileira. Apesar da Assembleia Geral ter aprovado uma resolução da Jordânia na última semana, que pediu um cessar-fogo imediato e também ajuda humanitária mais efetiva, o conselho ainda não conseguiu aprovar nenhum texto.
O projeto que ficou mais próximo de ser aprovado foi o brasileiro, que teve apoio de 12 países. Porém os Estados Unidos foram os únicos a rejeitarem, e, por possuírem poder de veto, a resolução não avançou.

Conflito já deixou mais de 10 mil mortos

Com a intensificação dos ataques de Israel contra Gaza desde a última sexta-feira (27), quando chegou a ser anunciada a operação terrestre, o conflito já deixou mais de 10 mil pessoas mortas: 8,3 mil palestinos e cerca de 1,4 mil israelenses. O comissário-geral acrescentou que grande parte das pessoas morreram enquanto procuravam abrigo.
Região mais populosa do território, a Cidade de Gaza sofre com ataques por terra e ar, o que obriga a população a procurar abrigo nos hospitais, que já realizam cirurgias sem anestesia por falta de medicamentos. Ainda houve bombardeios pelo mar Mediterrâneo, enquanto Israel voltou a pedir que os moradores evacuassem a região.
Autoridades israelenses acreditam que os membros do Hamas estão escondidos em uma rede de túneis que atravessa a cidade. O fornecimento de energia elétrica ainda não foi retomado.
A guerra começou no dia 7 de outubro, quando o movimento fez um ataque-surpresa com foguetes em grande escala que atingiu o território de Israel. Além disso, militantes atravessaram a fronteira pela região sul e provocaram milhares de mortes, além de sequestrar mais de 220 pessoas. A maioria ainda segue sob o poder do Hamas.
Uma das regiões mais pobres do mundo, Gaza tem mais de 80% da população na pobreza e sofre um bloqueio israelense por terra, ar e mar desde 2007. Países como Brasil e Rússia defendem um cessar-fogo imediato e negociações para que seja criado o Estado palestino como solução para a crise no Oriente Médio.
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