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Penas extensas e tramitação fazem Brasil punir invasões com mais rigidez do que EUA sobre Capitólio

© AFP 2023 / Sergio LimaO presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, Alexandre de Moraes (R), participa dos julgamentos de abertura sobre os distúrbios de 8 de janeiro perpetrados pelos apoiadores do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em Brasília, em 13 de setembro de 2023
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, Alexandre de Moraes (R), participa dos julgamentos de abertura sobre os distúrbios de 8 de janeiro perpetrados pelos apoiadores do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em Brasília, em 13 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.09.2023
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Julgamento nos EUA sobre invasão do Capitólio levou mais de um ano para acontecer, enquanto no Brasil ocorre ainda no mesmo ano. Além disso, a duração das penas aplicadas e a impossibilidade de recurso após condenação diferenciam o processo brasileiro do estadunidense.
Ontem (14), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a série de julgamentos de réus pelas invasões em Brasília em janeiro. Foram analisadas as três primeiras denúncias formuladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Foram condenados os réus Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar, Matheus Lima de Carvalho Lazaro.
O que aconteceu aos prédios dos Três poderes em Brasília é parecido com a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos em 2021, quando eleitores do ex-presidente, Donald Trump, não aceitaram o resultado das eleições, e assim como os apoiadores de Jair Bolsonaro, invadiram o prédio que serve como centro legislativo do Estado norte-americano.
Entretanto, o processo criminal no Brasil sobre os casos está sendo mais rígido do que o de Washington, analisa o jornal O Globo. Por exemplo, a pena de 17 anos de prisão aplicada a Aécio Lúcio Costa Pereira, primeiro caso julgado, é duas vezes maior do que a imposta ao primeiro condenado nos Estados Unidos.
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Além disso, a tramitação dos casos está sendo mais acelerada no Brasil do que na Justiça norte-americana. Em março de 2022, 412 dias após o evento, Guy Wesley Reffitt, um dos invasores, foi declarado culpado. No Brasil, a primeira sentença veio ontem (14), passados 249 dias dos ataques, observa a mídia.
Ao mesmo tempo, o primeiro réu foi denunciado, julgado e condenado pelo STF, a última instância do Judiciário nacional. Nos EUA, os processos tramitaram em instâncias inferiores, e parte dos réus recorreu das condenações, o que não será possível no Brasil.
Outro ponto que diferencia os processos, ressalta o jornal, é o fato de, nos EUA, todos os julgamentos criminais serem realizados com a participação de júris populares. Cidadãos são convocados para acompanhar os processos e, eventualmente, definir pela condenação ou inocência dos acusados.
No entanto, Reffitt não foi o primeiro invasor a receber pena de prisão. Seis meses depois da ofensiva, o operador de guindaste Paul Hodgkins foi alvo da primeira sentença: oito meses na cadeia e dois anos em "liberdade vigiada".
Hodgkins, porém, não foi julgado, visto que na Justiça norte-americana, um réu pode se declarar culpado e firmar acordo para, em troca, encerrar o processo com pena menor.
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