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No Vietnã, Biden diz não querer conter a China, mas analistas avaliam o contrário, diz mídia
No Vietnã, Biden diz não querer conter a China, mas analistas avaliam o contrário, diz mídia
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Neste domingo (10), o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um acordo bilateral com o Vietnã durante visita a Hanói, em resposta à assertividade de Pequim na... 10.09.2023, Sputnik Brasil
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De acordo com o Financial Times (FT), o Vietnã elevou a sua relação com os EUA ao mais alto nível para uma "parceria estratégica abrangente", depois de o presidente Joe Biden ter chegado a Hanói vindo de Nova Deli, onde participou na cúpula do G20.Simbólica, mas significativa, a mudança nas relações entre os países para o estatuto mais elevado — reservado anteriormente apenas para China, Rússia, Índia e, desde o ano passado, Coreia do Sul — na hierarquia dos laços bilaterais do Vietnã, significa o esforço de Washington para conter a política externa chinesa em um momento em que os EUA tem perdido terreno significativo na geopolítica global.Biden chegou ao Vietnã depois da cúpula do G20, onde os EUA e os seus aliados ocidentais fizeram concessões na sua condenação da operação militar especial da Rússia na Ucrânia na declaração conjunta do bloco, mesmo apelando ao Sul Global para obter um consenso inatingível sobre o conflito diante de todos os desdobramentos causados pelo esforço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e seus aliados em sua guerra por procuração contra Moscou.Os EUA também consideram os países em desenvolvimento da Ásia cruciais para combater a iniciativa política da China no Indo-Pacífico. Biden chegou a declarar hoje que o "difícil problema econômico" da China tornava menos provável a invasão de Taiwan. Biden faltou às cúpulas da Associação das Nações do Sudeste Asiático e do Leste Asiático, em Jacarta, antes da reunião do G20 em uma tentativa de mostrar a importância que Washington dá à sua relação com Hanói. Entretanto, ainda há sinais de tensão entre os países. A administração Biden vê os direitos humanos como uma agenda prioritária e o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phu Trong, alertou contra a interferência dos EUA nos assuntos internos do país.Segundo o analista do Sudeste Asiático do Eurasia Group, Peter Mumford, a parceria renovada tem a ver com os erros da China e como com a persistência dos EUA. De acordo com o especialista ouvido pelo FT, a campanha de pressão de Pequim já empurrou as Filipinas para mais perto dos EUA, com Manila permitindo aos EUA o acesso a mais quatro bases militares do país no início deste ano.A ação do Vietnã pode provocar a inquietação em Pequim que já despachou um alto funcionário para Hanói no início da semana (4), apesar da pouca antecedência da visita agendada de Biden.O acordo inclui uma nova parceria de chips EUA-Vietnã para "apoiar cadeias de fornecimento de semicondutores resilientes para a indústria, consumidores e trabalhadores dos EUA", de acordo com um comunicado da Casa Branca. Ainda segundo o comunicado, o acordo deve ajudar a expandir a capacidade de semicondutores do Vietnã em apoio aos negócios dos EUA.
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No Vietnã, Biden diz não querer conter a China, mas analistas avaliam o contrário, diz mídia
16:46 10.09.2023 (atualizado: 16:54 10.09.2023) Neste domingo (10), o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um acordo bilateral com o Vietnã durante visita a Hanói, em resposta à assertividade de Pequim na Ásia-Pacífico.
De
acordo com o Financial Times (FT), o Vietnã
elevou a sua relação com os EUA ao mais alto nível para uma "
parceria estratégica abrangente", depois de o presidente Joe Biden ter chegado a Hanói vindo de Nova Deli, onde participou na cúpula do G20.
Simbólica, mas significativa, a mudança nas relações entre os países para o estatuto mais elevado — reservado anteriormente apenas para
China, Rússia, Índia e, desde o ano passado, Coreia do Sul — na hierarquia dos laços bilaterais do Vietnã, significa o esforço de Washington para conter a
política externa chinesa em um momento em que os EUA tem perdido terreno significativo na geopolítica global.
Biden chegou ao Vietnã depois da
cúpula do G20, onde os EUA e os seus aliados ocidentais fizeram concessões na sua condenação da
operação militar especial da Rússia na Ucrânia na declaração conjunta do bloco, mesmo
apelando ao Sul Global para obter um consenso inatingível sobre o conflito diante de todos os desdobramentos causados pelo esforço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e seus aliados em sua
guerra por procuração contra Moscou.
Os EUA também consideram os países em desenvolvimento da Ásia
cruciais para combater a iniciativa política da China no Indo-Pacífico. Biden chegou a declarar hoje que o "difícil problema econômico" da China tornava menos provável a
invasão de Taiwan.
Biden
faltou às cúpulas da Associação das Nações do Sudeste Asiático e do Leste Asiático, em Jacarta, antes da reunião do G20 em uma tentativa de mostrar a importância que Washington dá à sua relação com Hanói. Entretanto, ainda há sinais de tensão entre os países. A administração Biden vê os direitos humanos como uma agenda prioritária e o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, Nguyen Phu Trong,
alertou contra a interferência dos EUA nos assuntos internos do país.
9 de setembro 2023, 17:42
Segundo o analista do Sudeste Asiático do Eurasia Group, Peter Mumford, a parceria renovada tem a ver com os erros da China e como com a persistência dos EUA.
"Houve alguma automutilação estratégica por parte da China", disse Mumford, citando como exemplo um aumento na intimidação de navios vietnamitas no mar do Sul da China. "Este é um passo incomum e significativo para o Vietnã e é um sinal de quão forte é o desejo de Hanói de contrabalançar os laços com a China", explicou ele.
De acordo com o especialista ouvido pelo FT, a campanha de
pressão de Pequim já empurrou as Filipinas para mais perto dos EUA, com Manila permitindo aos EUA o acesso a mais quatro bases militares do país no início deste ano.
A ação do Vietnã pode provocar a inquietação em Pequim que já despachou um alto funcionário para Hanói no início da semana (4), apesar da pouca antecedência da visita agendada de Biden.
O acordo inclui uma nova
parceria de chips EUA-Vietnã para "
apoiar cadeias de fornecimento de semicondutores resilientes para a indústria, consumidores e trabalhadores dos EUA", de acordo com um
comunicado da Casa Branca. Ainda segundo o comunicado, o acordo deve ajudar a expandir a capacidade de semicondutores do Vietnã em apoio aos negócios dos EUA.
