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Mídia norte-americana vê 'oportunidade' para os EUA na expansão do BRICS

© Sputnik / Grigory SysoevColetiva de imprensa final após a reunião conjunta dos líderes do BRICS, Joanesburgo, África do Sul, 24 de agosto de 2023
Coletiva de imprensa final após a reunião conjunta dos líderes do BRICS, Joanesburgo, África do Sul, 24 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.09.2023
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Segundo um artigo no The New York Times, o BRICS tem um apoio real em muitos países, e os EUA podem "reaprender a cooperação prática" com o reforço da entidade.
A expansão do BRICS sinalizou o enfraquecimento do domínio global dos EUA, mas Washington pode aprender uma importante lição com isso, escreveu um cientista político em uma coluna de sexta-feira (1º) no jornal norte-americano The New York Times.
Segundo Sarang Shidore, por mais de uma década os EUA ignoraram amplamente o grupo, que integra o Brasil, mas agora essa complacência parece insustentável. Na cúpula de Joanesburgo, na África do Sul, o BRICS convidou seis países do Sul Global a aderir, e em seguida a indiferença dos EUA "foi substituída por surpresa e até mesmo alarme". Se o BRICS tem uma longa fila de cerca de 20 nações esperando para se juntar, ele deve estar "fazendo algo certo", de acordo com o autor do artigo.
"A expansão do BRICS é um sinal seguro da insatisfação de muitas potências com a ordem mundial existente e uma evidência de seu desejo de melhorar sua posição nessa ordem", comenta Shidor no artigo de opinião.
Para os Estados Unidos, cujo domínio global está se enfraquecendo gradualmente, esse é um desafio significativo e uma boa oportunidade, diz o cientista político.
"A crescente atratividade do BRICS, mais do que qualquer outra coisa, sinaliza que o domínio global dos EUA está em declínio", ressalta.
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De acordo com o autor, os EUA, que enfrentam problemas domésticos intratáveis, deveriam ver a expansão do BRICS como uma "oportunidade" em vez de uma ameaça.
"Ele [o BRICS] dá aos EUA a chance de reaprender a cooperação prática, e também de abandonar alguns de seus compromissos distantes e se livrar de noções de seu próprio excepcionalismo que vão contra seus próprios interesses nacionais. Washington, e talvez até mesmo o mundo, pode se tornar um lugar melhor no processo dessa mudança", conclui Shidor.
John Kirby, coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que os EUA não veem uma ameaça na expansão do BRICS e não consideram a aliança como sendo antiamericana.
O BRICS atualmente é composto por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na semana passada, a cúpula do BRICS foi realizada em Joanesburgo, onde os líderes decidiram convidar a Argentina, o Egito, o Irã, a Etiópia, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita para se tornarem membros plenos da aliança. Formalmente, a expansão do grupo ocorrerá em 1º de janeiro de 2024.
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