Depois de 150 anos de buscas, arqueólogos acham aldeia neolítica no nordeste da França (FOTOS)
© Foto / Rémi Martineau, CNRS
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Arqueólogos descobriram vestígios de um assentamento permanente no vasto sítio neolítico de Marais de Saint-Gond, no nordeste da França.
O assentamento forneceu informações raras sobre sua organização social, precisamente 150 anos após a primeira pedra ter sido descoberta na área, e os arqueólogos descreveram o assentamento como a última peça do quebra-cabeça.
O assentamento neolítico descoberto em pântanos no nordeste da França "não tem equivalente" na Europa, de acordo com arqueólogos
© Foto / Jonathan Desmeulles, CNRS
"Essa é última peça do quebra-cabeça que não conseguíamos achar", disse Remi Martineau, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França, que localizou a aldeia com sua equipe neste verão europeu.
Remi Martineau, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França, que localizou a aldeia com sua equipe neste verão europeu
© AFP 2023 / Francois Nascimbeni
No local, 15 grandes minas de sílex já foram identificadas em 450 hectares, bem como 135 hipogeus ou câmaras subterrâneas construídas.
Cinco becos cobertos de megalíticos, dez polidores para eixos e campos cultivados por queimaduras controladas também foram localizados desde que as pedras foram descobertas pela primeira vez há um século e meio.
Esta nova descoberta torna possível passar um marco na compreensão da "organização econômica, social e territorial do Neolítico", disse Martineau, acrescentando que "não há equivalente" em toda a Europa.
A aldeia foi descoberta quando uma vala para a instalação de uma paliçada foi identificada na comuna Val-des-Marais, a cerca de 136 quilômetros de Paris. O recinto pré-histórico estava circulando uma colina, em uma área estimada de um hectare, de acordo com as avaliações arqueológicas.
O botão madrepérola encontrado em um sítio neolítico em Mare de Saint-Gond, na França
© Foto / Rémi Martineau, CNRS
No processo, um edifício da abside foi limpo, perto de um grande poço de lixo de cerca de 20 metros de diâmetro, juntamente com poços.
Eles também desenterraram um pequeno objeto oval feito de madrepérola – uma verdadeira "peça de museu", de acordo com Martineau. É perfurado com dois furos no centro e é um provável ancestral do botão, que data de 3.400 a 3.300 anos atrás.
Dado o seu estado bem preservado, os pesquisadores esperam que o resto do local seja igualmente bem preservado se mais escavações forem realizadas no futuro.
