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França desvaloriza perda de influência na África e apoia posição da CEDEAO sobre o Níger

© AFP 2023 / Bertrand GuaySébastien Lecornu, ministro das Forças Armadas francês, chega a reunião do Conselho dos Ministros no Palácio do Élysée, Paris, França, 21 de julho de 2023
Sébastien Lecornu, ministro das Forças Armadas francês, chega a reunião do Conselho dos Ministros no Palácio do Élysée, Paris, França, 21 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2023
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O ministro francês se expressou a favor do posicionamento do bloco de países da África Ocidental, que falaram de uma necessidade de restaurar a ordem constitucional no Níger.
A França apoia a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, na sigla em francês) em sua posição sobre o Níger após o golpe de Estado, sublinhou Sébastien Lecornu, ministro das Forças Armadas francês, em uma entrevista ao jornal francês Var-Matin.
Perguntado em declarações divulgadas no domingo (13) se teme uma possível intervenção militar do bloco regional no território do Níger, Lecornu respondeu que não, explicando que Paris dá seu "apoio total" a todas as conclusões da última cúpula da CEDEAO, cujo objetivo final, segundo ele, é a restauração da ordem constitucional no Níger.
De acordo com o ministro das Forças Armadas, os militares franceses destacados no Níger estão acostumados a "situações complicadas". Ele também garantiu que a presença do contingente se deve ao compromisso de Paris com a luta contra o terrorismo e que o destacamento foi realizado a pedido das autoridades locais legítimas.
Questionado sobre a clara perda de influência da França na África, Lecornu destacou que o país europeu continua particularmente influente no continente africano, e que, por esse motivo, "está muito exposto" e "é alvo de manobras de desestabilização".
Ele detalhou que, após o golpe de Estado no Mali em agosto de 2020, as autoridades malinesas pararam de combater o terrorismo, o que fez com que 40% de seu território fosse controlado por grupos armados, que "ameaçam reconstituir uma forma de califado". Para o ministro, a situação em Burkina Faso também é "frágil", o que deixa "um grande foco terrorista [...] a poucos passos das margens do Mediterrâneo".
A junta militar do Níger concordou em manter conversações com a CEDEAO, anunciou no domingo (13) o xeque Abdullahi Bala Lau, da delegação do Níger, citado pela agência catariana Al Jazeera.
A reunião entre o general maliano Tchiani e a delegação do Níger ocorreu depois que a CEDEAO anunciou que é necessária uma intervenção militar no Níger para restaurar o presidente deposto Mohamed Bazoum e restabelecer "a ordem constitucional" no país.
A viagem de Lau a Niamey foi aprovada por Bola Tinubu, presidente da CEDEAO e da Nigéria, o que, segundo a Al Jazeera, é um sinal de que o bloco continua buscando uma saída por meio do diálogo.
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