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Brasil e Índia se opõem ao apelo da China para rápida expansão do BRICS, segundo mídia

© iStock.com / ISergBRICS (imagem de referência)
BRICS (imagem de referência) - Sputnik Brasil, 1920, 28.07.2023
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A Índia e o Brasil se opõem ao pedido da China para a rápida expansão do grupo BRICS e querem usar a cúpula na África do Sul para discutir possíveis países observadores adicionais, relata a Bloomberg citando autoridades familiarizadas com a situação.
Em maio, o Kremlin, ao ser perguntado como a Rússia vê a possibilidade de expansão do BRICS, afirmou que: "Ao longo do ano passado, um número crescente de países tem mostrado grande interesse neste formato, e mais e mais países têm indicado sua intenção de se concentrar em conectividade, um tópico para discussão entre os membros deste formato, que será feito".

"Os países levantaram objeções em negociações preparatórias para uma cúpula em Joanesburgo no próximo mês, onde [...] discutirão a possibilidade de expandir o grupo para incluir a Indonésia e a Arábia Saudita", relata Bloomberg.

Segundo fontes, a China tem pressionado repetidamente pela expansão do BRICS durante essas reuniões.

"Dezenas de países exigem a adesão à aliança, alimentando os temores do Ocidente de que o grupo procura se tornar um contrapeso para Washington e a União Europeia", informa a agência.

De acordo com a Bloomberg, o Brasil quer evitar a expansão em parte por causa dessas preocupações, enquanto a Índia quer ter regras rígidas sobre quando e como outros países podem "se aproximar" do BRICS sem a expansão formal do grupo.
Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, durante a reunião com a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que agora chefia o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS, afirmou que os países do BRICS não fazem amigos contra alguém, mas trabalham em prol dos interesses uns dos outros.
Bandeiras dos países integrantes do BRICS dispostas lado a lado em cúpula realizada na China, em 4 de setembro de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 25.07.2023
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Segundo duas autoridades indianas, o projeto de regras de admissão foi elaborado depois que a Índia se opôs à expansão do bloco defendida pela China. Segundo fontes, espera-se que os princípios básicos sejam discutidos e adotados durante a cúpula de líderes sul-africanos.
De acordo com um funcionário, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi discutiu a possível admissão da Arábia Saudita com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman em junho.

"Índia e Brasil querem usar a cúpula para discutir a potencial admissão de mais países com status de observadores", disseram algumas autoridades.

Como disse uma autoridade brasileira à Bloomberg, o país se propõe a criar as categorias de "observador" e "país parceiro". De acordo com essas regras, novos países passarão primeiro por essas categorias antes de serem considerados para entrar na aliança, disse a autoridade, acrescentando que o Brasil apoiará a Indonésia.
Assim, segundo fontes, a África do Sul apoia a discussão de várias opções de adesão, mas não se opõe necessariamente à expansão.

"A reunião dos líderes do BRICS no ano passado autorizou a expansão dos membros, adicionar mais membros ao BRICS é um consenso político dos cinco países do BRICS", disse o Ministério das Relações Exteriores da China em resposta à Bloomberg.

Ao grupo BRICS pretendem se unir outros países, nomeadamente Argentina, Argélia e Irã, bem como Indonésia, Turquia, Arábia Saudita e Egito.
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