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Especialista dos EUA explica por que Washington transfere munições de fragmentação à Ucrânia

© Sputnik / Yegeny Biyatov / Acessar o banco de imagensPeça de artilharia autopropulsada MSTA-S
Peça de artilharia autopropulsada MSTA-S - Sputnik Brasil, 1920, 08.07.2023
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Os EUA decidiram entregar munições de fragmentação a Kiev porque Washington não têm munições convencionais de 155 mm para as forças ucranianas – o novo armamento não trará sucesso militar a Kiev no campo de batalha, disse em entrevista à Sputnik Scott Ritter, ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
Na sexta-feira (7) os EUA anunciaram um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, que inclui munições de fragmentação para peças de artilharia de 155 mm.
"Se você ouvir com atenção a lógica proposta pela administração de [Joe] Biden, a principal razão para o fornecimento desses projéteis é que a Ucrânia está ficando sem os projéteis de 155 milímetros convencionais. Apenas restam essas munições. Portanto, não há nenhum plano estratégico por trás do uso de munições de fragmentação", disse Ritter.
O ex-oficial de inteligência explicou que o projétil de fragmentação de artilharia М864 de 155 milímetros não é usado pelas Forças Armadas dos EUA desde 2016 "porque foi considerado incompatível com os padrões morais estabelecidos pelos EUA, embora os Estados Unidos não façam parte da Convenção sobre Munições de Fragmentação".
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"Não os temos usado desde então. Por isso elas estão armazenadas. E estes são os únicos projéteis de artilharia disponíveis. Estes são projéteis de artilharia antigos", disse ele. De acordo com Ritter, a maioria dos militares russos não será afetada pela maior parte das munições de fragmentação.
"Os russos estão agora se defendendo em posições defensivas preparadas. Esses projéteis são quase inúteis contra as posições defensivas russas. Sim, haverá baixas. Mas os russos teriam muito mais baixas com munições explosivas convencionais de 155 mm do que com as de fragmentação", opina o interlocutor da Sputnik.
"A única razão pela qual as munições de fragmentação estão sendo enviadas para a Ucrânia hoje é porque os EUA simplesmente não têm outros projéteis para eles. Esta é a última coisa que temos no arsenal", comentou Ritter.
Ao mesmo tempo, ele considera que as forças ucranianas usarão as bombas de fragmentação contra alvos civis, como já aconteceu em Donetsk e Lugansk. "Aqui, acho que veremos um aumento nas mortes entre a população civil", concluiu o ex-oficial de inteligência.
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