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Indústria bélica dos EUA mexe pauzinhos da grande mídia sobre a Ucrânia, revela jornalista

CC0 / Exército dos EUA na Europa / Veículos de recuperação M88 e 15 tanques M1A2 Abrams que chegaram de trem na Base Aérea Mihail Kogalniceanu, Romênia, 13 de fevereiro de 2017
Veículos de recuperação M88 e 15 tanques M1A2 Abrams que chegaram de trem na Base Aérea Mihail Kogalniceanu, Romênia, 13 de fevereiro de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 04.07.2023
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O complexo militar-industrial dos EUA está dando forma ao debate sobre a Ucrânia através dos think tank aliados que têm sido amplamente citados pela grande imprensa norte-americana desde o início do conflito, disse à Sputnik Bryce Greene, membro da organização Fairness and Accuracy in Reporting.
O Instituto Quincy de Governança Responsável, baseado em Washington, descobriu em recente estudo que dos 15 think tanks mais mencionados pela grande imprensa, apenas um - Human Rights Watch - não recebe financiamento da indústria bélica dos EUA. A análise do instituto demonstrou em particular que a mídia dos Estados Unidos era sete vezes mais propensa a citar think tanks com vínculos com contratantes de defesa do que aqueles sem tais afiliações.
"Não há realmente uma voz alternativa na mídia quando se trata dessas questões de guerra e paz", disse Greene à Sputnik. "E isso só mostra o quanto a mídia depende dessas vozes para moldar as opiniões, para moldar as visões de seu público. E é especialmente perigoso quando você considera que a maioria desses think tanks nem sequer diz quanto eles recebem dessas corporações. Um achado deste estudo foi que esses think tanks […] não são obrigados a informar exatamente de onde recebem o dinheiro", explicou ele.
Mesmo que os veículos de imprensa dos EUA sejam aparentemente independentes, eles ainda promovem a linha do governo, confiando e citando acriticamente as fontes cujos cheques de pagamento vêm do complexo militar-industrial dos EUA, de acordo com Greene. Além do mais, a mídia dos EUA nunca dá sugestão de que essas opiniões vêm de especialistas financiados pela Lockheed Martin, ou Boeing ou outro contratante de defesa que esteja se beneficiando do conflito na Ucrânia, acrescenta o jornalista.
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"A maioria das pessoas sabe que uma instituição funciona em nome das pessoas que a financiam. E os think tanks estão trabalhando em nome do complexo militar-industrial e, portanto, a mídia está destacando o ponto de vista do complexo militar-industrial para apresentá-lo como análise externa independente", explica Greene.
Como resultado, o argumento sobre a necessidade de negociações de paz e redução da assistência militar dos EUA à Ucrânia foi efetivamente suprimido, observa o interlocutor da Sputnik. Ao mesmo tempo, pouca atenção é dada aos danos causados pelos esforços dos EUA para prolongar o conflito. Além disso, ninguém questiona os riscos de uma possível entrega de bombas de fragmentação para os militares ucranianos ou munições de urânio empobrecido que já foram entregues a Kiev e aprovadas pelos EUA, ressalta o jornalista.
Por fim, ele alertou que essas armas podem essencialmente envenenar e danificar irrevogavelmente grandes áreas da Ucrânia e da Rússia, causando muitas mortes entre civis.
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