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Analista: Exército ucraniano poderá ser derrotado em Zaporozhie como nazistas na Batalha de Kursk

© AFP 2023 / Anatoly StepanovArtilheiros ucranianos do batalhão Aidar usam projéteis de artilharia em uma posição de vanguarda perto de Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano), 22 de abril de 2023, em meio à operação militar especial da Rússia na Ucrânia
Artilheiros ucranianos do batalhão Aidar usam projéteis de artilharia em uma posição de vanguarda perto de Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano), 22 de abril de 2023, em meio à operação militar especial da Rússia na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 20.06.2023
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As forças ucranianas podem se encontrar em uma situação semelhante à das forças nazistas em Kursk, escreveu o colunista Stephen Bryen em seu artigo para o jornal Asia Times.
Segundo ele, a escala da Batalha de Kursk na Segunda Guerra Mundial foi muito superior aos atuais combates em Zaporozhie, mas em muitos outros aspectos as situações de 2023 e 1943 são semelhantes.
Bryen apontou semelhanças como o uso ativo de veículos blindados e minas, bem como as qualidades táticas aprimoradas do lado russo.
A Batalha de Kursk, que na verdade era um conjunto de operações estratégicas defensivas (de 5 a 23 de julho de 1943) e ofensivas (de 12 de julho a 23 de agosto de 1943) do Exército Vermelho contra o Exército alemão, é considerada a maior batalha de tanques da história.
De 2.700 tanques alemães envolvidos na batalha, 1.536 foram destruídos ou seriamente danificados, enquanto a União Soviética, tendo 3.600 tanques preparados para a batalha, perdeu da mesma maneira 2.471.
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Hoje, em Zaporozhie, os ucranianos estão tentando estabelecer cabeças de ponte com o objetivo final, se tiverem sucesso, de dividir as forças russas e ganhar acesso ao mar de Azov.

"Os ucranianos têm cerca de 12 brigadas treinadas pela OTAN para esse fim. Nove dessas brigadas têm tanques ocidentais, veículos de combate de infantaria [VCI], veículos blindados de transporte de pessoal [VBTP], veículos resistentes a minas e protegidos contra emboscadas [MRAP] e muitos outros equipamentos", escreve o analista.

Bryen observa que, ao contrário da Batalha de Kursk, agora, além dos drones e das armas de longo alcance guiadas com precisão, como os mísseis Storm Shadow britânicos, a Força Aérea ucraniana quase não participa da ofensiva.

"Os russos, no entanto, têm usado seu poder aéreo e seus drones de forma eficaz. O mais impressionante são os helicópteros Ka-52 equipados com mísseis Vikhr", destaca.

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O analista militar nota que as tropas russas estão se defendendo com eficácia dos ataques ucranianos.
"Não sabemos muito sobre as perdas russas em equipamentos e pessoal, mas parece que os ataques ucranianos estão sendo rechaçados em sua maior parte e custam caro para a Ucrânia e seus fornecedores ocidentais."
A Ucrânia já empenhou, segundo o artigo, cerca de 20 a 30% de suas forças na luta, inclusive as brigadas treinadas por especialistas da OTAN. E, embora não haja informações confiáveis sobre o número total de perdas ucranianas na ofensiva, "é de milhares", segundo mídia.
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Bryen nota que a Ucrânia não está mais usando seus blindados como ponta de lança de seus ataques às defesas russas, mas sim a infantaria.
Isso aumentou as baixas do lado ucraniano e também está afetando o moral, pois algumas unidades ucranianas estão se recusando a lutar ou estão destruindo seus próprios equipamentos e, em alguns casos, se rendendo aos russos, diz o artigo.
Entretanto, o especialista considera que a principal semelhança são as consequências das batalhas.

"Qualquer fracasso decisivo na Ucrânia provavelmente interromperá as tentativas de expansão da OTAN e exporá diversas fraquezas que podem levar anos para serem corrigidas – se é que podem ser corrigidas. [...] Hitler compreendeu quando a batalha de Kursk foi perdida, retirou e encerrou a Operação Barbarossa, a ofensiva para leste da Alemanha nazista. Se a ofensiva ucraniana continuar a tropeçar, Zelensky enfrentará uma escolha semelhante", conclui.

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