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'Fogo em vez do céu': cientista explica quando e como o Sol se apagará

CC BY 2.0 / NASA Goddard Space Flight Center / Spewing Flare EventO sol emitiu uma explosão de classe M (nível moderado) no dia 25 de setembro de 2011 que enviou uma nuvem de plasma acima do Sol, mas boa parte dela pareceu cair de volta para a fonte de lançou
O sol emitiu uma explosão de classe M (nível moderado) no dia 25 de setembro de 2011 que enviou uma nuvem de plasma acima do Sol, mas boa parte dela pareceu cair de volta para a fonte de lançou - Sputnik Brasil, 1920, 10.06.2023
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Frio, fome e extinção da humanidade – tais consequências são retratadas por muitos escritores em histórias apocalípticas relacionadas à extinção natural do Sol. A Sputnik discutiu com cientistas da Universidade Federal do Báltico da Rússia se as coisas são mesmo tão ruins, se há esperança ou se tudo será bem pior.
O Sol brilha já há cerca de 4,6 bilhões de anos. E o hidrogênio é o combustível que mantém a "chama" do nosso astro, disse o chefe do agrupamento educacional e científico Instituto de Altas Tecnologias da Universidade Federal do Báltico, doutor em ciências físicas e matemáticas e professor, Artyom Yurov.
"O Sol tem uma massa enorme, que cria uma força que quer comprimir, colapsar a nossa estrela. E isso poderia acontecer muito rapidamente, se não fosse por uma coisa. Especificamente, o forno flamejante de hidrogênio no centro do Sol", explicou o especialista.
Segundo ele, a temperatura nesse "forno" atinge 15 milhões de graus Celsius, e com dez milhões de graus as leis da física desencadeiam a poderosa força da reação termonuclear.

Quando começará o 'fim do mundo'?

"A imagem pacífica do equilíbrio entre duas forças – da gravidade, que tenta comprimir, e da pressão do forno termonuclear, que busca 'inchar' – se manterá por cerca de cinco bilhões de anos, mas depois terão início processos grandiosos, inimagináveis e mortais para as pessoas (se ainda existirem)", disse Yurov.
A imaginação dos autores de ficção científica retrata frequentemente um mundo no futuro distante, onde o Sol simplesmente se extingue ou está prestes a extinguir-se.

"A realidade será muito mais assustadora e impressionante! Em cinco bilhões de anos, quase todo o hidrogênio no núcleo do Sol será expulso pelo hélio recém-formado, porque ele é mais denso e desloca o hidrogênio. Entretanto, haverá muito hidrogênio na estrela. Não no centro, mas sim nas áreas em torno, onde a temperatura é menor", explica o cientista.

Segundo ele, isso levará ao fato de que o calor e, mais importante, a pressão vindos do centro começarão a enfraquecer. Mas isso não significa que as suposições dos escritores sobre uma extinção suave da estrela se tornarão realidade.
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Sol vermelho gigante cobrirá todo o céu

"A queda da pressão de dentro fará com que a gravidade finalmente comece a dominar, e o Sol começará a se contrair. E depois de um tempo, devido a essa compressão, a temperatura da estrela aumentará drasticamente", aponta físico russo.
Na sequência disso, quando a temperatura na fina camada de hidrogênio que cobre o núcleo de hélio atingir dez milhões de graus Celsius, será reativada de novo a máquina termonuclear que converterá o hidrogênio em hélio quando o calor for libertado.
"A fogueira se acenderá novamente. Mas agora isso não queimará no núcleo, mas na fina camada de hidrogênio ao redor do hélio. Como resultado, haverá não só uma reação extremamente intensa, mas também um aumento repentino da pressão, o que provocará o inchaço do Sol", diz o professor.

Terá a humanidade chance de salvação?

Segundo Yurov, os planetas mais próximos do Sol estarão sob ataque: Mercúrio será definitivamente dizimado dentro do gigante inchado, Vênus, de acordo com os cálculos, estará no limite.

"O Sol provavelmente não alcançará a Terra, mas isso não a salvará: todos os oceanos evaporarão, a atmosfera desaparecerá. Tudo será inundado com lava. A temperatura média no planeta será de vários milhares de graus. [Será] um inferno ardente, com um Sol vermelho que cobrirá todo o céu. […] Por isso, as condições climáticas na Terra durante esse período excluirão a vida", acrescentou o especialista.

Em sua opinião, a única chance para a civilização humana sobreviver é explorar o espaço e os planetas distantes.
Pode-se começar por Marte, uma vez que o Sol inchado não chegará a este planeta e, além disso, ele pode até pode criar lá condições bastante aceitáveis e amenas por vários bilhões de anos.
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