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Enquanto EUA estão obcecados em concorrer com China, há perspectivas nos laços Washington-Pequim?

© AP Photo / Andy WongBandeiras dos Estados Unidos e da China exibidas em um riquixá em Pequim em 16 de setembro de 2018.
Bandeiras dos Estados Unidos e da China exibidas em um riquixá em Pequim em 16 de setembro de 2018. - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2023
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Os EUA devem parar de desperdiçar a boa vontade da China e somente quando mudarem a sua política equivocada em relação a Pequim, as relações podem melhorar, disseram analistas citados pelo The Global Times.
A batalha de palavras entre a China e os EUA continuou na quinta-feira (8), com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, refutando a acusação do embaixador dos EUA em Pequim, Nicholas Burns, de que a China não interrompeu a produção de fentanil.
Os EUA são um dos países que mais se beneficiam da decisão da China sobre a classificação de todas as drogas da classe do fentanil, o que desempenhou um papel importante na prevenção da produção ilegal, do tráfico e do consumo abusivo.

"Mas o governo dos EUA é ingrato e sancionou injustificadamente instituições, empresas e cidadãos chineses para minar a base da cooperação antidrogas entre a China e os EUA", disse o porta-voz em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, citado pelo jornal The Global Times.

As declarações de Wang vieram depois que Burns acusou a China, no fórum da Coalizão de Liderança Global dos EUA na quarta-feira (6), de não parar a produção de fentanil e também criticou a China por "atingir" empresas americanas, incluindo a fabricante de chips Micron Technology, informou a mídia.
Este é o mais recente "fogo cruzado verbal" entre a China e os EUA, enquanto Washington manifestou sua intenção de melhorar a comunicação com a China sem abrir mão de provocações, especialmente no campo militar, aponta o jornal chinês.
As observações de Burns e as recentes interações entre a China e os EUA mostraram a duplicidade e a contradição da política dos EUA em relação à China, afirmou Diao Daming, professor associado da Universidade Renmin, em Pequim, ao The Global Times.
Ao mesmo tempo, Li Haidong, professor da Universidade de Relações Exteriores da China, disse que os comentários de Burns também mostram claramente um dos antigos problemas das elites políticas americanas - o de tentarem abrir canais para o diálogo através da imposição arrogante de pressões.
As relações sino-americanas são fundamentais e, por isso, observou Li, precisamos não apenas de relações estáveis, mas também de diplomacia estável e madura.

"Os EUA nunca foram capazes de corrigir seu antigo e grande problema de dizer uma coisa e fazer outra, o que também torna mais desafiador estabilizar as relações China-EUA", disse Li.

Enquanto analistas chineses estão pedindo aos EUA que empreendam ações sinceras e concretas para melhorar as relações, o lado dos EUA segue colocando a culpa na China.
Por exemplo, um comentário do Washington Post na quarta-feira (6) criticou a China por não agir para melhorar as relações com os EUA.
A política e a atitude da China em relação aos EUA nunca mudaram e foram os EUA que contribuíram para agravar os laços. A comunidade internacional não será enganada pela tentativa dos EUA de colocar a culpa na China pela atual situação das relações bilaterais, apontou Diao.
O especialista disse que o encontro entre os principais líderes da China e dos EUA em Bali em novembro de 2022 e as interações posteriores de altos funcionários promoveram uma comunicação estável e positiva entre os dois lados. No entanto, a propaganda dos EUA sobre o incidente do balão em fevereiro congelou as relações bilaterais.

"Os EUA devem parar de desperdiçar a boa vontade da China como um país responsável", disse Diao, observando que a China está disposta a impulsionar a cooperação com os EUA porque respeita os interesses das pessoas dos dois países e da comunidade internacional, mas não vai dialogar por dialogar se os EUA não tomarem medidas sinceras.

Estando as relações bilaterais em uma fase complicada, somente trabalhando juntos e se encontrando a meio caminho, os dois lados podem evitar que o relacionamento se deteriore ainda mais e volte ao caminho certo.
Mas, se os EUA ainda estão obcecados com a concorrência com a China e seguem incentivando o "desacoplamento" ou "redução de riscos", as perspectivas do relacionamento não são otimistas, destacou Li.

"O cerne da atual relação China-EUA reside no fato de os EUA terem compreendido de forma totalmente errada as intenções e a política da China. Somente quando os EUA mudarem a sua postura equivocada em relação a Pequim, as relações podem melhorar", enfatizou o especialista chinês.

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