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Ex-chefe da OTAN alerta que membros da aliança podem enviar tropas para Ucrânia

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Cerimônia de boas-vindas do batalhão multinacional da OTAN liderado pelos Estados Unidos, em Orzysz, na Polônia - Sputnik Brasil, 1920, 08.06.2023
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O ex-secretário-geral da OTAN, Anders Rasmussen, afirmou ao The Guardian na quarta-feira (7) que um grupo de países da Aliança Atlântica pode tomar ações individuais e enviar tropas para a Ucrânia no caso de os Estados-membros não fornecerem garantias de segurança a Kiev na cúpula da OTAN na capital da Lituânia, Vilnius, em julho.

"Um grupo de países da OTAN pode estar disposto a colocar tropas no terreno da Ucrânia se os Estados-membros, incluindo os EUA, não fornecerem garantias de segurança tangíveis a Kiev na cúpula da aliança em Vilnius", apontou Rasmussen.

Além disso, o ex-secretário-geral, não exclui a possibilidade de a Polônia se envolver ainda mais neste contexto a nível nacional, e será seguida pelos Países Bálticos, incluindo a possibilidade de tropas no terreno.
Ele também acrescentou que se a Ucrânia "não receber nada em Vilnius", os Países Bálticos e a Polônia podem reunir uma "coalizão de dispostos" a enviar tropas para ajudar Kiev.
Rasmussen disse que as garantias de segurança precisam cobrir o compartilhamento de inteligência, o treinamento conjunto da Ucrânia, a interoperabilidade da OTAN, a produção aprimorada de munições e o fornecimento de armas.
O ex-funcionário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (2009-2014) também observou que "alguns aliados da OTAN podem ser a favor das garantias de segurança para realmente evitar uma discussão real sobre as aspirações de adesão da Ucrânia", acrescentando que "eles esperam que, fornecendo garantias de segurança, possam evitar essa questão".
Mas, segundo Anders Rasmussen, a adesão da Ucrânia à aliança não é possível.

Mesmo que a Ucrânia não recebesse o convite para se juntar à Aliança Atlântica, em Vilnius, ela poderia ser estendida em Washington no próximo ano, sublinhou Rasmussen, observando que "qualquer coisa menos do que isso seria uma decepção para a Ucrânia".

Anteriormente, o atual secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, disse que a segurança da Ucrânia seria a primeira questão na cúpula em Vilnius, mas garantias completas são fornecidas apenas aos membros plenos do bloco.
Em setembro do ano passado, Kiev solicitou a adesão ao bloco militar de maneira acelerada. Como o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, apontou mais tarde, tal procedimento é inoportuno.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que Moscou monitora a situação e lembra que a orientação da república vizinha para se juntar à Aliança Atlântica foi uma das razões para lançar a operação militar especial.
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