Presidente do Conselho Europeu diz-se chocado com ataque sem precedentes à hidrelétrica de Kakhovka
09:07 06.06.2023 (atualizado: 15:34 06.06.2023)
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse nesta terça-feira (6) que ficou chocado com o ataque sem precedentes à usina hidrelétrica de Kakhovka.
"Chocado com o ataque sem precedentes à barragem de Nova Kakhovka. A destruição da infraestrutura civil claramente se qualifica como um crime de guerra — e responsabilizaremos a Rússia e seus representantes", tweetou Michel, acrescentando que a União Europeia (UE) vai propor "mais assistência às vítimas [de áreas] inundadas".
Pouco depois, o porta-voz de relações exteriores da UE, Peter Stano, disse que o bloco condenou o ataque, dizendo que traria sérias consequências humanitárias e ambientais.
"A destruição da barragem de Novaya Kakhovka eleva o alvo da infraestrutura civil e civis na Ucrânia a um novo nível sem precedentes. E, claro, a União Europeia condena veementemente este ataque bárbaro e horrível contra uma peça tão crucial da infraestrutura com terríveis consequências humanitárias e ambientais", disse Stano em um briefing.
No início do dia, o prefeito da cidade de Novaya Kakhovka, nomeado pela Rússia, Vladimir Leontiev, disse à Sputnik que a parte superior da barragem de Kakhovka foi destruída por um bombardeio ucraniano. A água está sendo descarregada de forma incontrolável através das estruturas destruídas. O nível da água em Novaya Kakhovka já subiu dez metros e a barragem continua a ser arrastada, de acordo com Leontiev. Os civis estão sendo evacuados das zonas costeiras inundadas.
O governo ucraniano acusou a Rússia de atacar a barragem. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, afirmou que a Rússia rejeitou categoricamente essas acusações, acrescentando que o ataque foi uma sabotagem deliberada do lado ucraniano.
