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'Davos do Oriente': líderes asiáticos expressam preocupações sobre impacto da rivalidade no Pacífico

© AP Photo / Dake KangO local do Fórum de Boao para a Ásia é visto em Boao, na província de Hainan, no sul da China, 28 de março de 2023.
O local do Fórum de Boao para a Ásia é visto em Boao, na província de Hainan, no sul da China, 28 de março de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2023
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Os líderes da Ásia que participam de um fórum econômico anual na China alertaram para "os efeitos colaterais" da rivalidade entre grandes potências, apelando para uma competição saudável diante do agravamento das tensões entre os EUA e a China, segundo o South China Morning Post.
O Fórum de Boao para a Ásia, também chamado de "Davos do Oriente", estabelecido em 2001, é uma organização sem fins lucrativos que acolhe fóruns de alto nível para líderes governamentais, empresariais e académicos da Ásia e de outros continentes para partilharem a sua visão sobre as questões mais prementes da região e do mundo em geral.
O fórum deste ano decorre de 28 a 31 de março sob o lema "Um mundo incerto: solidariedade e cooperação para o desenvolvimento em meio a desafios". Pela primeira vez desde a pandemia, o fórum terá lugar inteiramente off-line.

"As relações entre os EUA e China foram os 'mais preocupantes' e as tensões entre os dois foram sentidas 'profundamente' em todo o mundo", disse o primeiro-ministro de Cingapura Lee Hsien Loong ao fórum, na quinta-feira (30), segundo o artigo.

Da esquerda à direita, Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, Joe Biden, presidente dos EUA, e Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido, na base naval Point Loma em San Diego, Califórnia, EUA, 13 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 30.03.2023
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Ele também recordou a responsabilidade que têm as grandes potências perante o mundo.

"As grandes potências têm a pesada responsabilidade de manter relações estáveis e viáveis umas com as outras, porque qualquer conflito entre elas vai ter consequências graves, para elas próprias e para o mundo", cita a edição o primeiro-ministro.

O líder de Cingapura expressou também a esperança de que a China e os Estados Unidos sejam capazes de estabilizar suas relações e estabelecer confiança e respeito mútuos, enquanto a fenda entre as grandes potências não só terá um impacto negativo nas economias regionais, como também dificultará os esforços para enfrentar os prementes desafios globais.
Crianças agitam bandeiras e flores nacionais do Brasil e da China para dar as boas-vindas ao presidente do Brasil, Michel Temer, durante uma cerimônia de boas-vindas do lado de fora do Grande Salão do Povo em Pequim (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 30.03.2023
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O seu homólogo da Malásia, Anwar Ibrahim, sublinhou a necessidade de conversas entre os principais líderes para evitar que a concorrência tome um rumo destrutivo.

"Enquanto a concorrência geoeconômica no passado se centrava em mercadorias e recursos, a corrida atual é sobre tecnologia de ponta, como demonstrado, por exemplo, na competição na indústria de semicondutores", disse o primeiro-ministro malaio.

A Malásia representa cerca de 7% do comércio mundial de semicondutores e é um elo crítico na cadeia de fornecimento global de chips avançados, sendo a China um dos seus principais mercados de exportação.
Há preocupações de que os fabricantes de chips malaios sejam apanhados no fogo cruzado, uma vez que os EUA restringem o acesso da China à tecnologia avançada de semicondutores.
Os países do Sudeste Asiático têm evitado até agora tomar partido na rivalidade entre os EUA e a China e, como disse Lee, a região vai ficar aberta à construção de laços com o resto do mundo para manter uma competição saudável.
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