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Encontrado elemento 'pioneiro' que poderia ajudar a encontrar vida extraterrestre

© Foto / ESA / Hubble / M. KornmesserRepresentação artística do planeta K2-18b
Representação artística do planeta K2-18b - Sputnik Brasil, 1920, 12.03.2023
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Pesquisadores da Universidade Rutgers, financiados pela NASA, afirmaram ter descoberto uma proteína que poderia ser um "catalisador" da vida em outros mundos.
Uma substância que pode dar pistas na busca de vida extraterrestre foi descoberta por uma equipe de cientistas da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, EUA, detalhou ela em um comunicado de sexta-feira (10).
A parte identificada de uma proteína, chamada de "peptídeo pioneiro", poderia ser inestimável para determinar quais planetas estão à beira de produzir vida, apontam os cientistas do programa Evolução de Nanomáquinas em Geosferas e Ancestrais Microbianos (ENIGMA, na sigla em inglês), parte do programa de Astrobiologia da agência espacial norte-americana NASA, no estudo publicado na revista Science Advances.
Um peptídeo é uma molécula que contém dois ou mais aminoácidos (moléculas que se unem para formar proteínas).
A equipe de pesquisadores fez extensos estudos laboratoriais, e descobriu que um simples peptídeo com dois átomos críticos de níquel serviu como um "catalisador" da vida na Terra bilhões de anos atrás. O peptídeo em questão consiste de 13 aminoácidos e liga os dois íons de níquel.
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A equipe teoriza que o níquel era um metal abundante nos primeiros oceanos. Após a ligação ao peptídeo, os átomos de níquel teriam puxado, como catalisadores, outros prótons e elétrons para si mesmos, produzindo hidrogênio. No início do planeta Terra o gás era provavelmente uma fonte crítica de energia que alimentava o metabolismo, crê a equipe.
"Os cientistas acreditam que em algum período entre 3,5 e 3,8 bilhões de anos houve um ponto de viragem, algo que iniciou a mudança da química prebiótica, moléculas antes da vida, para sistemas vivos e biológicos", disse Vikas Nanda, pesquisador do Centro de Biotecnologia e Medicina Avançada (CABM, na sigla em inglês) da Universidade Rutgers.
"Acreditamos que a mudança foi provocada por algumas pequenas proteínas precursoras que executaram etapas-chave em uma antiga reação metabólica, e pensamos ter encontrado um desses 'peptídeos pioneiros'", apontou.
Com estas descobertas, quando os pesquisadores vasculham o Universo com telescópios em busca de sinais de vida emergente, elementos como o descoberto pelos cientistas poderiam servir como "bioassinaturas" indicativas, ou seja, sinais de vida alienígena.
"Este trabalho mostra que, não apenas as simples enzimas metabólicas proteicas são possíveis, mas que elas são muito estáveis e muito ativas, tornando-as um ponto de partida plausível para a vida", comentou Nanda.
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