Orbán adverte quem tentar danificar gasodutos que abastecem Hungria: 'Não vão conseguir fugir'
© Foto / Gazprom
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A explosão dos ramais do gasoduto Nord Stream é um ataque terrorista, declarou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Ele alertou que a Hungria e a Sérvia deixaram claro que, no caso de sabotagem de gasodutos no sul da Europa, os culpados "não poderiam se livrar da responsabilidade e a varrer para debaixo do tapete".
"Gostaria de lembrar que o interconector sul, que traz gás para a Hungria, tem sido uma locomotiva para a economia húngara. A explosão do Nord Stream [Corrente do Norte], que, como você sabe, aconteceu, foi simplesmente um ato terrorista, quem quer que o tenha feito, foi um ato terrorista", disse Viktor Orbán ao canal de televisão M1, falando no Parlamento húngaro.
O primeiro-ministro húngaro afirmou que "se foi feito no norte apenas para manter o gás russo fora da Europa, poderia ser feito no sul".
"Nós, juntamente com a Sérvia, deixamos claro que, se isso acontecer, eles não conseguirão se livrar disso, varrendo para debaixo do tapete, como estão fazendo agora com a explosão do Nord Stream", enfatizou Orbán.
27 de fevereiro 2023, 01:59
Em comentários à Sputnik, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, também descreveu o ataque à rede de gasodutos Nord Stream como um ato terrorista e pediu uma investigação completa sobre os eventos.
"Independentemente do que aconteceu no gasoduto Nord Stream, é realmente escandaloso. Porque, de fato, é a primeira vez que uma infraestrutura crítica europeia dessa escala é atacada, seja quem for o perpetrador. E esse ataque deve ser basicamente considerado um ataque terrorista", disse Szijjarto à Sputnik.
As autoridades húngaras já afirmaram em várias ocasiões que, após o encerramento do Nord Stream, o gasoduto através da Turquia continuou a ser a única rota pela qual o gás poderia fluir da Rússia para a Europa. O lado húngaro indicou que a rota era confiável e segura graças à boa fé dos países intermediários.
Em setembro de 2021, a Hungria e a Gazprom assinaram contratos para fornecer 4,5 bilhões de metros cúbicos de gás por ano durante os próximos 15 anos, dos quais 3,5 bilhões de metros cúbicos por ano chegarão via Sérvia (via Turkish Stream) e 1 bilhão pela Áustria. Os primeiros volumes de gás através do gasoduto Balkan Stream, que recebe gás do Turkish Stream, chegaram à Hungria via Sérvia no dia 1º de outubro.
