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O dilema do home office: problemas podem ser resolvidos com flexibilidade, diz especialista

© Folhapress / Rafael RoncatoEscritório da fintech Neon. São Paulo, 22 de janeiro de 2018
Escritório da fintech Neon. São Paulo, 22 de janeiro de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 17.02.2023
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Após o período mais rígido da pandemia de COVID-19, em que empresas se voltaram para o home office com o objetivo de atender às exigências sanitárias de isolamento social, muitos profissionais e empregadores ficam no dilema entre o retorno presencial e a manutenção do home office.
Enquanto muitos profissionais preferem se manter em casa pensando em uma vida mais flexível e sem o trânsito das grandes cidades, outros gostam da rotina do escritório e do contato pessoal com os colegas do trabalho.
Com a proximidade do Carnaval, esse dilema se intensifica entre aqueles que não estarão liberados no feriadão, em razão das tradicionais viagens e da possibilidade de curtir um pouco a festa popular que mobiliza tanto os brasileiros.
Essa questão, que traz posições diferentes tanto entre trabalhadores quanto entre empresas, foi tema do episódio do podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, desta quarta-feira (15), apresentado pelas jornalistas Bárbara Pereira e Francini Augusto.
Para a empresária Roberta Vasconcellos, fundadora e CEO da Woba, startup de coworking, a saída é evitar "radicalismos" e buscar uma flexibilidade para que sejam atendidas tanto as necessidades da empresa quanto as dos trabalhadores.
"Eu entendo o lado do empregador [que exige um retorno totalmente presencial], [entendo] que foi uma decisão, talvez, com poucas informações. Vendo que está perdendo alguma coisa no remoto ou no híbrido, faz todo mundo voltar 100% presencial, mas essa não é a solução, o radicalismo", pondera.
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"Acredito muito na flexibilidade, para que cada empresa, de acordo com a sua cultura, crie a sua política, mas uma política que genuinamente seja favorável para o colaborador. Uma política que o ajude [o trabalhador], no fim do dia, a ser mais produtivo, a ter mais qualidade de vida, porque no fim isso vai ser melhor para a empresa. Mas a empresa que está 100% remota também precisa adotar esses rituais, porque ela também vai sofrer de outras questões a médio e longo prazo, que é a saúde mental das pessoas, o burnout, a estrutura adequada, a cultura mesmo", destaca Vasconcellos.

A empresária comentou durante o podcast a rotina da sua própria empresa e destacou a importância de encontros presenciais mesmo com uma politica de home office total. Segundo ela, é importante que as empresas definam bem uma política quanto ao trabalho remoto e que haja um grau de personalização para áreas e profissionais distintos. Isso facilita a organização de uma rotina, para que as pessoas possam se movimentar, organizar outros afazeres e melhorar a qualidade de vida.

Acho que é importante que a empresa tenha uma política que seja personalizada por área — e até por pessoa — e dê ferramentas. Isso dos dois lados, nos dois extremos — 100% presencial e 100% remoto. De alguma forma, as pessoas vão sofrer consequências a médio e longo prazo, seja por turnover e dificuldade de gestão e retenção de talentos em um mundo cada vez mais competitivo [em um esquema totalmente presencial], [seja] [...] não ajudando o colaborador a criar um engajamento da minha cultura, a criar laços entre as pessoas que trabalham juntas [em um modelo totalmente remoto].

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