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Lula pediu a Biden a criação de fórum de paz para Ucrânia: 'É preciso parar de atirar'

© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Casa Branca. Washington, 10 de fevereiro de 2023
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na Casa Branca. Washington, 10 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2023
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao presidente dos EUA, Joe Biden, para que Washington apoio a construção de um fórum de paz que possa mediar o conflito entre Ucrânia e Rússia. Enquanto o Ocidente segue enviando enormes quantidades de armamentos a Kiev, o líder brasileiro afirmou que 'é preciso parar de atirar'.
Em entrevista coletiva concedida após uma longa conversa com seu homólogo norte-americano, Lula afirmou que disse a Biden o mesmo que havia expressado ao presidente francês, Emmanuel Macron, e ao chanceler alemão, Olaf Scholz, quanto ao conflito na Ucrânia.
O presidente brasileiro apontou ao norte-americano a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos no conflito para encontrar "possibilidades de fazer a paz".

"Eu estou convencido que é preciso encontrar uma saída para colocar fim a essa guerra e eu senti do presidente Biden a mesma preocupação porque ninguém quer que essa guerra continue. É preciso que tenham parceiros capazes de construir um grupo de negociadores que os dois lados acreditem e que os dois lados possam compreender. A primeira coisa é terminar a guerra, depois a gente vê o que vai fazer no futuro. É preciso parar de atirar", disse Lula.

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A declaração de Lula indica que o presidente segue disposto a manter a neutralidade no conflito, apesar do assédio do Ocidente. O apelo pelo fim dos ataques acontece enquanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) segue enviando amplas remessas de armas e munições ao regime de Kiev e cobrando que países latino-americanos façam o mesmo.
Em entrevista recente à Sputnik Brasil, o analista Pedro Costa Júnior, professor de relações internacionais e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), apontou que os EUA iriam tentar impor a Lula a agenda de apoio do Brasil à Ucrânia. De acordo com ele, o telefonema de Macron e a visita de Scholz foram uma espécia de "pré-assédio" coordenado por Washington para pressionar o líder brasileiro. No entanto, Lula reforçou sua posição de neutralidade e a necessidade de estancar o conflito pelas vias diplomáticas.
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Durante a visita de Scholz, Lula propôs pela primeira vez a criação de um fórum de paz para auxiliar as negociações entre Rússia e Ucrânia. O chanceler da Alemanha havia pedido que o Brasil se comprometesse com o envio de munições a Kiev, mas o mandatário brasileiro negou a solicitação e disse que sua guerra é contra a fome, não contra a Rússia.

Fundo Amazônia

Lula também comentou sobre a importância da criação de uma nova governança global voltada para a proteção do meio ambiente e disse acreditar que os Estados Unidos vão entrar no Fundo Amazônia, enviando recursos para a proteção da floresta tropical.
"Acho que vão [entrar no fundo]. Não só acho que vão, como é necessário que participem, porque veja: o Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas também o Brasil não quer abrir mão de que a Amazônia é um território do qual o Brasil é soberano", disse.
"Não discuti especificamente o Fundo Amazônia. Eu discuti a necessidade dos países ricos assumirem a responsabilidade de financiar todos os países que têm florestas", completou, citando os sul-americanos Equador, Colômbia, Peru, Venezuela e Guiana, além do Congo.
A presidente do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento russo), Valentina Matvienko, dá os cumprimentos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a posse. Brasília, Brasil, 1º de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2023
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