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EAU diz que procura da Europa por países do golfo é 'interesseira' e cobra 'política mais realista'

© AP Photo / Corte Presidencial dos Emirados Árabes UnidosSheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos, ao centro, e o chanceler alemão Olaf Scholz, terceiro à esquerda, posam para foto com a delegação econômica alemã, após reunião em Palácio Al Shati em Abu Dhabi. Emirados Árabes Unidos, 25 de setembro de 2022
Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos, ao centro, e o chanceler alemão Olaf Scholz, terceiro à esquerda, posam para foto com a delegação econômica alemã, após reunião em Palácio Al Shati em Abu Dhabi. Emirados Árabes Unidos, 25 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 10.12.2022
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Na visão de alto funcionário do governo emiradense, o reengajamento dos europeus, especialmente da Alemanha, com nações da região, é cativante, mas precisa acontecer não de forma "transacional".
Durante a Conferência Mundial de Política em Abu Dhabi neste sábado (10), o assessor diplomático do presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Anwar Gargash, disse que é interessante ver uma maior aproximação entre países europeus e nações do golfo Pérsico, mas que diante da crise energética, espera que o engajamento não seja "transacional".

"O que estamos ouvindo, especialmente dos alemães e outros, sobre o reengajamento com o Golfo, me encoraja, mas gostaria de alertar que não deve ser uma transação. [...] Acho que essa linguagem é parcialmente motivada pelo interesse próprio, ao tentarem encontrar novos fornecedores de gás, novos fornecedores de petróleo", afirmou Gargash segundo a Reuters.

Várias autoridades europeias visitaram países do golfo para garantir o fornecimento de energia fora da Rússia, ex-principal fornecedora, depois que o Ocidente impôs sanções a Moscou devido à operação russa na Ucrânia.
"Precisamos ver ações [...] tem que ser de longo prazo e estratégicas", acrescentou.
Gargash também reiterou um pedido de garantias de segurança "explícitas" de aliados ocidentais tradicionais, especialmente ao lidar com a ameaça de drones iranianos sobre os quais os Estados do golfo há muito alertam, mas que só agora, depois de supostamente "chegarem [os drones] à Ucrânia" que "de repente o mundo redescobriu esse problema", relata a Reuters.
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Ao mesmo tempo, os países do golfo têm resistido à pressão ocidental para romper com a Rússia, outro membro da aliança de produtores de petróleo da OPEP+, que em outubro concordou em cortar as metas de produção.
Gargash disse que alguns países, que ele não citou, estão carregando laços com "bagagem moralista e outros interesses", acrescentando que a política tem que ser "mais realista se você quiser resultados", complementou.
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