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Apoiadores de Bolsonaro confundem newsletter com alistamento de civis e fazem Exército se pronunciar

© AP Photo / Bruna PradoApoiadores do presidente brasileiro Jair Bolsonaro seguram um cartaz com a mensagem em português: "S.O.S Forças Armadas" durante um protesto contra o resultado das eleições presidenciais, 15 de novembro de 2022
Apoiadores do presidente brasileiro Jair Bolsonaro seguram um cartaz com a mensagem em português: S.O.S Forças Armadas durante um protesto contra o resultado das eleições presidenciais, 15 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2022
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Bolsonaristas acreditam que inscrição para newsletter em página do Exército criada em 2015 é cadastramento para alistar pessoas que queiram lutar contra o resultado das eleições deste ano.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm divulgado em massa nas redes sociais uma área do site do Exército Brasileiro como se fosse um alistamento de civis contra o resultado das eleições.
Entretanto, o cadastramento permitido na página "Reserva pró-ativa" não passa de inscrições que podem ser feitas para receber o informativo militar chamado "O Veterano".
A repercussão foi tanta, que o próprio Exército escreveu na área do site que o cadastramento "destina-se exclusivamente" para aqueles que querem receber o informativo.

"Foram observadas algumas postagens nas mídias sociais tratando do programa Reserva Pró-ativa do Exército Brasileiro, que não partiram de nossa Instituição, fazendo convocações equivocadas para cadastramento on-line no Portal do Exército. Sobre o assunto, informamos que o cadastramento no programa Reserva Pró-ativa destina-se, exclusivamente, para recebimento do informativo 'O Veterano', que trata de assuntos de interesse dos militares da reserva do Exército Brasileiro", diz a instituição militar em sua página oficial.

Mas de acordo com o UOL, políticos e influenciadores bolsonaristas estão promovendo o site como um "cadastramento para civis", incitando CACs (Caçadores, Atiradores Esportivos e Colecionadores) a se inscreverem.
Uma das "convocações" foi feita pelo ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, nomeado por Bolsonaro no mês passado para um mandato de quatro anos na presidência da Embratur.
O deputado federal reeleito General Girão Monteiro (PL-RN) afirmou, também no Twitter, que o Exército havia aberto um cadastramento "voluntário", para militares ou civis.
No entanto, depois voltou atrás dizendo que o cadastro "já existe há um tempo", mas não deixou de dizer que "temos convicção que aqueles homens e mulheres que são atiradores cadastrados como CACs podem sim fazer parte de um efetivo mobilizável para as Forças Armadas".
Além de nomes como Girão Monteiro e Gilson Machado, o "alistamento" para "lutar" contra o resultado das eleições foi também compartilhado pelo jornalista Rodrigo Constantino e pelo influenciador bolsonarista Luiz Galeazzo, conhecido nas redes como "Oi Luiz".
Em menos de um mês, o Exército Brasileiro se vê obrigado a lançar notas esclarecendo que materiais divulgados por bolsonaristas não estão alinhados com a instituição militar, ainda que a mesma seja citada.
Em novembro, o Exército lançou um comunicado interno desmentindo que generais "estavam impedindo intervenção militar" no país, conforme noticiado.
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