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Zelensky está manipulando Washington contra os interesses dos EUA, diz observador ligado à CIA

© Foto / Telegram / Zelensky OfficialO presidente Vladimir Zelensky usando o emblema "Ucrânia ou Morte" durante uma visita ao leste do país
O presidente Vladimir Zelensky usando o emblema Ucrânia ou Morte durante uma visita ao leste do país - Sputnik Brasil, 1920, 20.11.2022
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O comentário surge logo após a explosão de um míssil na Polônia, esta semana, que escalou as tensões Rússia-OTAN à beira da guerra antes que os EUA e seus aliados admitissem que o míssil era ucraniano.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky está tentando manipular Washington, e nas últimas semanas, o governo dos EUA foi forçado a tomar uma série de ações abertas e nos bastidores ao perceber que as ações de Kiev aumentam as tensões com Moscou a níveis perigosos, sugeriu o famoso neoconservador e colunista do Washington Post, David Ignatius.
"Zelensky tem o poder de um líder corajoso e carismático para pressionar seu patrono da superpotência em ações que podem não ser do interesse dos Estados Unidos. O governo Biden tentou encontrar um equilíbrio entre um forte apoio militar à Ucrânia e evitar qualquer coisa que pudesse desencadear um conflito russo-americano direto", afirmou Ignatius, conhecido como repórter privilegiado de segurança dos EUA, que foi denunciado em 2018 por ser alimentado com histórias por fontes da CIA, conforme escreveu em um recente artigo de opinião.
Ignatius apontou para uma série de ações tomadas por Washington para acalmar as tensões entre a Rússia e os EUA, incluindo a reunião do diretor da CIA, William Burns, com o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia, Sergei Naryshkin, na segunda-feira (14), para manter abertos os canais de comunicação.
O jornalista indicou ainda que, após o episódio do suposto "ataque com mísseis" na Polônia, na terça-feira (15), em vez de culpar a Rússia e acionar o artigo 5 da OTAN sobre defesa coletiva, o governo Biden "esfriou" as tensões, primeiro admitindo que "faltava informação confiável" sobre quem foi o responsável, reconhecendo depois, juntamente com a Polônia, que o míssil era ucraniano.
Durante a crise, Zelensky imediatamente culpou Moscou e pediu uma ação imediata da OTAN, pedindo ao Ocidente que "colocasse o terrorista em seu lugar". Kiev ainda não ofereceu condolências à Polônia pelos dois civis mortos na explosão do míssil e Zelensky disse recentemente que ainda não tem certeza dos detalhes.
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Washington também tomou outras medidas para "recuar" quando sentiu que as ações ucranianas eram "muito arriscadas ou muito inflexíveis", de acordo com Ignatius em seu artigo no New York Times do mês de outubro, citando que a inteligência dos EUA admitiu que agentes ucranianos foram responsáveis ​​​​pelo carro-bomba que vitimou de forma fatal a jornalista russa Daria Dugina, e os comentários de autoridades norte-americanas à mídia neste mês pedindo a Zelensky que abandonasse sua postura inflexível de não falar com Moscou.
O editorial de Ignatius no Washington Post serve como um reconhecimento da mídia norte-americana sobre o que as autoridades russas vêm alertando há algum tempo, que o apoio dos EUA à Kiev corre o risco de escalar a crise de segurança ucraniana para a Terceira Guerra Mundial.
O Washington Post é um dos dois jornais dos EUA conhecidos por constituir o auge do braço de propaganda do complexo industrial militar dos EUA e do Estado paralelo. Ignatius, que passou décadas convivendo com agências de inteligência, o Congresso e o Departamento de Justiça, também ganhou fama por ser um entusiasta de todos os atos de agressão militar dos EUA no exterior no último quarto de século, da antiga Iugoslávia e Afeganistão ao Iraque, Líbia e Síria. Em 2019, ele foi revelado como um repórter privilegiado da CIA alimentado com histórias que a agência deseja divulgar. A Rússia proibiu a entrada de Ignatius em solo russo em abril.
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