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Porta-aviões São Paulo segue impedido de atracar e transportadora estuda processar governo de PE

Porta-aviões brasileiro São Paulo (A12)
Porta-aviões brasileiro São Paulo (A12) - Sputnik Brasil, 1920, 11.11.2022
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Desde agosto, o maior porta-aviões do Brasil segue sem conseguir achar um porto que o aceite por questões ambientais. Depois de ser proibido de chegar à Turquia, está tentando desde o começo de outubro atracar em Pernambuco, mas é impedido pelas autoridades.
Nesta sexta-feira (11), a transportadora MKS, responsável pelo porta-aviões São Paulo, disse que está estudando a possibilidade de processar o governo de Pernambuco por conta da liminar da Justiça Federal que a impede de atracar a embarcação no Porto de Suape, segundo o jornal O Globo.
"Enquanto o navio segue aguardando a decisão das autoridades, são consumidas cerca de 20 toneladas de combustível para que os rebocadores sustentem o navio, ocasionando consumo desnecessário, em total prejuízo ao meio ambiente e às normas internacionais das quais somos cumpridores", disse o advogado da MSK, Zilan Costa e Silva, citado pela mídia.
Neste contexto, a empresa considera ajuizar uma ação contra o governo pernambucano pedindo uma indenização de US$ 2 milhões (R$ 10,6 milhões). A MSK acusa as denúncias de que o navio teria material tóxico e radioativo como "notícias falsas".
"A empresa lamenta que o posicionamento das autoridades locais esteja se dando em razão de versões apresentadas por grupos que não possuem expertise no tema, sem conhecimento marítimo e na análise de materiais perigosos", afirma, em nota.
O porta-aviões São Paulo está "vagando" pelas águas do Atlântico há pelo menos três meses. No ano passado, a embarcação foi comprada pelo estaleiro turco SOK em um leilão feito pela Marinha pelo valor de R$ 10,5 milhões.
O porta-aviões São Paulo, antes da Marinha do Brasil, deixa a baía de Guanabara pela última vez, em direção à Turquia, sendo puxado pelo rebocador holandês Alp Centre, em 4 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 31.08.2022
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Entretanto, devido à alta concentração de amianto na embarcação, no entanto, o governo turco proibiu a entrada do porta-aviões brasileiro. Antes mesmo de chegar perto da Turquia, o Reino Unido já havia proibido a passagem do navio por Gibraltar pelas questões ambientais, conforme noticiado.
Com aproximadamente 9,6 milhões de toneladas de amianto, o porta-aviões não consegue atracar em nenhum país. A Marinha, contudo, alega que o navio foi desamiantizado na década de 1990, quando ainda pertencia ao governo francês, mas não apresentou documentos que comprovassem a afirmação, relata a mídia.
O porta-aviões São Paulo da classe Clemenceau foi construído na França, entre 1957 e 1960, e chama a atenção pelas suas dimensões: são 266 metros de comprimento e um peso de 32,8 mil toneladas.
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