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Bolsonaro paga anúncio para aparecer no Google quando for buscada sua relação com Roberto Jefferson

© Folhapress / Zanone FraissatO presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento em São Paulo. 23 de agosto de 2022.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante evento em São Paulo. 23 de agosto de 2022. - Sputnik Brasil, 1920, 24.10.2022
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A estratégia de utilizar anúncios de texto direcionados para pesquisas no Google tem sido recorrente desde o primeiro turno da campanha eleitoral de vários candidatos. Na reta final ao pleito, QG bolsonarista lança anúncio para "maquiar" ligação com ex-aliado.
Ontem (23), agentes federais foram recebidos pelo o ex-deputado federal, Roberto Jefferson, a tiros de fuzil e granadas ao tentarem cumprir um mandado de prisão na cidade fluminense de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.
Depois da grande repercussão do caso, o presidente, Jair Bolsonaro, se posicionou sobre o ocorrido e disse que "não existe qualquer ligação" dele com o ex-deputado, conforme noticiado.
Entretanto, o presidente e seu comitê de campanha passaram o domingo (23) tentando reverter o fato de que no passado os dois foram aliados. Bolsonaro até mencionou que não havia foto com Jefferson, mas nas redes sociais usuários da rede postaram uma foto antiga entre o presidente e o ex-parlamentar.
Visto isso, a campanha do presidente contratou anúncio para ser exibido no Google quando for pesquisada a relação entre ele e o ex-deputado, segundo o jornal O Globo.
Com o título "A Verdade Sobre o Bolsonaro – Verdades do Bolsonaro", o anúncio direcionado pela campanha do presidente aparece quando um internauta busca no Google a soma dos termos "Presidente Bolsonaro Roberto Jefferson". A propaganda eleitoral direciona para um site de campanha de Bolsonaro e, mais especificamente, uma página que tentar convencer o eleitor com números da economia durante o atual governo, relata a mídia.
Ao mesmo tempo, a campanha começou a tentar aliar a figura do ex-presidente Lula a Jefferson retrocedendo ao escândalo do mensalão que estourou em 2005 enquanto o petista era presidente, escreve a Folha de São Paulo.
Aliados seguiram o tom nas redes sociais e compartilharam fotos do ex-deputado ao lado do petista, no começo do governo de Lula. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi um dos que publicaram a foto.
Bolsonaro também tentou transformar o episódio em uma demonstração de apoio aos policiais federais. Em um gesto incomum, o presidente ordenou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, fosse ao local para acompanhar o caso e depois fosse visitar os policiais feridos, diz a Folha.
A classe, antes apoiadora em larga escala do presidente, tem se distanciado do mandatário desde o ano passado insatisfeita com promessas não cumpridas e o "troca-troca" no cargo de diretor-geral da Polícia Federal realizada quatro vezes durante o governo bolsonarista.
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Entretanto, a ação do presidente de enviar Torres à casa do ex-deputado parece ter surtido efeito contrário, uma vez que policiais federais passaram a criticar internamente a atuação do ministro no caso, segundo o G1.
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