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The Global Times: prolongar conflito na Ucrânia ameaça colapsar indústria europeia

© AP Photo / Martin MeissnerTanque de gás em planta química em Oberhausen, na Alemanha, em 6 de abril de 2022
Tanque de gás em planta química em Oberhausen, na Alemanha, em 6 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 29.09.2022
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À medida que a crise na Ucrânia se arrasta e a UE impõe sanções à Rússia, a Europa enfrenta a perspectiva sombria da desindustrialização. Os especialistas seguem sem ver forma eficaz de resolver o problema da escassez de energia, sem o qual o desenvolvimento da produção industrial é quase impossível, diz o The Global Times.
A desindustrialização, que é cada vez mais falada na Europa ultimamente, à medida que a crise induzida pelos EUA na Ucrânia se arrasta, torna-se uma perspectiva sombria para muitos países, escreve o correspondente do jornal, Bi Xing.
O autor sublinha as consequências negativas que este conflito e as sanções impostas à Rússia provocam, nomeadamente, uma grave escassez de energia na União Europeia, o que mina todos os esforços dos países desenvolvidos para reconstruir e desenvolver as suas indústrias.
Os preços da eletricidade e do gás aumentaram acentuadamente devido ao impacto do conflito na Ucrânia e das sanções ocidentais contra Moscou, afetando diretamente todas as áreas da economia.
Segundo os fabricantes, esta situação representa uma "ameaça existencial" para a continuidade da indústria europeia. Os membros da Eurometaux apelaram aos governos europeus para que "tomem medidas urgentes a fim de salvar as suas indústrias estratégicas de eletricidade e evitar a perda irreversível de postos de trabalho", lê-se no artigo.
Perante as dificuldades de abastecimento de energia, alguns países europeus foram obrigados a recorrer ao carvão ou a prolongar a vida útil de algumas usinas nucleares. Tudo isto afasta-os de atingirem os objetivos energéticos previamente anunciados pela Europa, disse Wang Shuo, professor da Escola de Relações Internacionais da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, ao Global Times.
Segundo Wang, se a economia alemã, considerada o motor de toda a economia europeia, está se afundando ainda mais e se seu modelo econômico orientado para as exportações está sofrendo, isso afetará negativamente toda a economia da Zona do Euro.
"A Europa tem poucas esperanças de encontrar uma solução para a escassez de energia nos próximos anos. Os países da UE serão obrigados a conceder subsídios quando tiverem de lidar com o aumento do preço da eletricidade, da gasolina e do petróleo. Outro problema surgirá: onde conseguir o dinheiro. Entretanto, o Banco Central Europeu anunciou um agravamento da política monetária em resposta ao aumento da inflação, o que contradiz a proposta de possíveis subsídios em larga escala", explicou Wang Shuo.
No entanto, salientou, a Europa, apesar de ser um dos principais afetados por esta crise, não tem capacidade para resolver o problema, uma vez que não pode influenciar a resolução do conflito na Ucrânia. Por isso, o autor salienta que os Estados Unidos e a Europa coordenarão cada vez mais as suas políticas econômicas e monetárias, uma vez que Washington receia que o conflito aumente a desestabilização dos mercados mundiais e afete os seus interesses.
Notas de dólares dos EUA (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2022
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No entanto, a atual política dos EUA, segundo o jornalista, visa claramente empurrar deliberadamente o mundo para uma crise em vez de a aliviar, uma vez que a Reserva Federal acaba de aumentar as taxas de juro em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva. Com isto, Washington usa a sua política monetária para transferir o peso da sua crise econômica interna para outros países, sublinha o artigo.
Além disso, quando a desindustrialização da Europa se tornar uma realidade, os Estados Unidos podem tentar se beneficiar, uma vez que as empresas europeias que saem do continente poderão, sem dúvida, beneficiar os Estados Unidos, resumiu o colunista.
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