Forças dos EUA teriam contrabandeado mais 79 navios-tanque com petróleo sírio roubado, diz mídia
© Delil Souleiman
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Damasco passou anos acusando Washington e seus aliados da milícia das Forças Democráticas Sírias de desviar centenas de milhões de dólares em petróleo e alimentos do nordeste da Síria ocupado pelos EUA, além de impedir que o país se reconstruísse de uma devastadora guerra estrangeira de uma década de conflito patrocinado.
Um comboio de 79 navios-tanque que transportam petróleo dos campos de petróleo em Jazira, nordeste da Síria, foi contrabandeado para fora do país através da travessia ilegal de al-Mahmoudiya para o norte do Iraque, informou a Agência de Notícias Árabe Síria, citando fontes em al-Yaarubiyah, zona rural na província de al-Hasakah.
As atividades de contrabando relatadas são as mais recentes desde terça-feira (20), quando fontes disseram à SANA que mais 60 petroleiros chegaram ao Iraque transportando petróleo sírio roubado.
Dois dias antes disso, a agência de notícias informou que mais 83 caminhões, incluindo "dezenas" de navios-tanque, cruzaram o Iraque através das travessias de al-Mahmoudiya e al-Walid. As autoridades sírias classificam os postos de fronteira como "ilegais" porque permanecem fora da jurisdição do governo internacionalmente reconhecido em Damasco.
Os EUA têm pelo menos 900 soldados estacionados na Síria, segundo o Pentágono. A justificativa formal do governo Biden para manter as botas no terreno no país devastado pela guerra é impedir o ressurgimento do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) – o grupo terrorista que já administrou grandes áreas do nordeste da Síria e noroeste do Iraque.
Autoridades sírias dizem que a presença contínua de Washington no país visa impedir que Damasco recupere o controle sobre petróleo, gás natural e recursos alimentares em suas regiões do nordeste – o que antes permitia à Síria desfrutar de uma modesta autossuficiência em energia e alimentos.
Washington e seus aliados também impuseram sanções esmagadoras ao país e ameaçaram as nações que fazem negócios com Damasco com restrições secundárias. Essas sanções limitaram ainda mais o acesso da Síria aos recursos necessários para sua reconstrução após o devastador conflito apoiado por estrangeiros que começou em 2011 e impediram o país de importar medicamentos e equipamentos médicos.
