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China não está pronta a desempenhar papel de mediadora no conflito ucraniano, diz analista

© Sputnik / Mikhail MetselO presidente chinês, Xi Jinping, durante negociações por videoconferência com o presidente russo, Vladimir Putin (fora da foto)
O presidente chinês, Xi Jinping, durante negociações por videoconferência com o presidente russo, Vladimir Putin (fora da foto) - Sputnik Brasil, 1920, 15.09.2022
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Pequim não está pronta a mediar o conflito entre Moscou e Kiev, por achar que a crise na ex-república soviética, na realidade, não passa do resultado das políticas ocidentais lançadoras de lenha na fogueira, disse à Sputnik o analista do centro de pesquisa Taihe, Chen Hao Yang.
Ao responder à pergunta "por que a China não assume o papel de mediadora", Chen Hao Yang salientou que "a China sempre foi parceira estratégica da Rússia".

"Também mantemos relações boas com a Ucrânia. A China acredita que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia não devia ter se desencadeado, enquanto quaisquer problemas podem ser resolvidos através de negociações entre as duas partes. […] Em geral, supomos que esse conflito russo-ucraniano na realidade não passa do resultado das políticas dos EUA e do Ocidente, que constam em jogar mais lenha na fogueira, bem como da expansão da OTAN para o leste", sublinhou.

Conforme o especialista, "como país que não tem relação direta com o conflito russo-ucraniano", por enquanto a China pensa que agora "não é um bom momento para envolvimento direto".
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"Se forem formadas condições apropriadas, a China certamente vai estar pronta para contribuir para a paz", acrescentou.
Ao avaliar a possibilidade de desencadeamento da terceira guerra mundial por causa da situação na Ucrânia, o analista supôs que nem a Rússia, nem os EUA – os principais atores no conflito na ex-república soviética – querem uma catástrofe nuclear.

"É verdade que após o início do conflito ucraniano a terceira guerra mundial entrou na agenda da mídia. Tal tema foi levantado principalmente devido aos seguintes fatores. Primeiro, todos estão especulando se os EUA e os países da OTAN podem enviar suas tropas para participar de uma guerra direta contra a Rússia. Depois, questiona-se se o Exército russo pode recorrer ao uso de armamento nuclear tático. Além disso, no caso de futura escalada das tensões e conflitos entre as duas partes, provocada pelos dois primeiros fatores, será que serão usados equipamentos e armamentos do nível mais alto, inclusive, por exemplo, o armamento nuclear estratégico?", analisou Chen Hao Yang.

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"Se isso se converter em uma guerra nuclear entre as grandes potências nucleares do mundo com o uso de armamento nuclear estratégico, não se deve duvidar que, dada a letalidade dos arsenais atuais da Rússia e dos EUA, tal guerra levará a maior catástrofe para a humanidade", defendeu.

Desde 24 de fevereiro, a Rússia tem conduzido uma operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. O presidente russo Vladimir Putin declarou como seu objetivo "defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev". Segundo o líder russo, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da própria Rússia, em resposta ao avanço da OTAN.
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