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Plano de Biden para conter a China provoca crise em estatais chinesas

© AP Photo / Lintao ZhangXi Jinping, presidente da China (à direita), aperta a mão de Joe Biden, então vice-presidente dos EUA, no Grande Salão do Povo, em Pequim, na China, em 4 de dezembro de 2013
Xi Jinping, presidente da China (à direita), aperta a mão de Joe Biden, então vice-presidente dos EUA, no Grande Salão do Povo, em Pequim, na China, em 4 de dezembro de 2013 - Sputnik Brasil, 1920, 06.09.2022
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A estratégia do governo de Joe Biden, presidente dos EUA, de proibir a venda de chips de inteligência artificial (IA) norte-americanos para a China provocou uma crise nos institutos estatais chineses.
As universidades da China, assim como os seus institutos de pesquisa estatais, têm enfrentado problemas com a falta dos chips norte-americanos. Pequim, escreve a Reuters, é dependente dos chips de computação dos EUA para alimentar sua tecnologia de IA.
A Nvidia Corp, principal produtora dos chips usados na China, disse na semana passada que funcionários do governo dos EUA ordenaram que ela parasse de exportar seus chips A100 e H100 para Pequim.
Outras empresas, como a Advanced Micro Devices, Inc. (AMD), também relataram que foram instadas pelo governo de Joe Biden a seguir o mesmo caminho.
A iniciativa norte-americana representou uma escalada na campanha dos EUA para impedir o desenvolvimento da capacidade tecnológica da China, à medida que borbulha a tensão sobre o destino de Taiwan, onde são fabricados chips para a Nvidia e quase todas as outras grandes empresas de chips.
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A China vê Taiwan como uma província rebelde e não descartou o uso da força para colocar a ilha democraticamente governada sob seu controle. Respondendo às restrições, a China entende que "são uma tentativa fútil de impor um bloqueio tecnológico a um rival".
A falta de chips de empresas como Nvidia e AMD provavelmente prejudicará os esforços das organizações chinesas para realizar de maneira econômica o tipo de computação avançada usado para tarefas como reconhecimentos de imagem e fala.
O reconhecimento de imagem e o processamento de linguagem natural são comuns em artigos de consumo como smartphones, podendo responder a consultas e marcar fotos. Eles também têm usos militares, como vasculhar imagens de satélite em busca de armas ou bases e filtrar comunicações digitais para fins de coleta de inteligência.
Especialistas disseram que há poucos fabricantes de chips chineses que poderiam substituir prontamente esses avançados chips Nvidia e AMD, e os compradores poderiam usar vários chips de baixo custo para replicar o poder de processamento.
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Segundo a Reuters, mais de uma dúzia de licitações governamentais indicou que há alta demanda (e necessidade) pelos chips A100 da Nvidia, sobretudo em alguns dos institutos de pesquisa estrategicamente mais importantes da China.
A Universidade Tsinghua, a instituição de ensino superior mais bem classificada da China no mundo, gastou mais de US$ 400 mil (R$ 2,09 milhões) em outubro passado em dois supercomputadores Nvidia AI, cada um equipado com quatro chips A100.
No mesmo mês, o Instituto de Tecnologia da Computação, da Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês), gastou cerca de US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão) em chips A100.
A escola de inteligência artificial de uma universidade da CAS, em julho, também gastou cerca de US$ 200 mil (R$ 1,04 milhão) em equipamentos de alta tecnologia, incluindo um servidor parcialmente alimentado por chips A100.
Institutos e universidades menos conhecidos, apoiados por governos municipais e provinciais, como em Shandong, Henan e Chongqing, também compraram chips A100, mostraram as licitações.
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