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Em plebiscito, Chile rejeita texto de nova Constituição

© AP Photo / Cristobal EscobarMulher deposita voto durante plebiscito constitucional, em Santiago, no Chile, em 4 de setembro de 2022
Mulher deposita voto durante plebiscito constitucional, em Santiago, no Chile, em 4 de setembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.09.2022
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Em plebiscito realizado neste domingo (4), a população chilena rejeitou o texto proposto para a nova Constituição do país. Com 99,95% das urnas apuradas, o rechaço à nova Carta venceu por 61,86% contra 38,14%.
Os dados do Serviço Eleitoral do Chile mostram que o "rechaço" à nova Constituição venceu em todas as regiões do país. Essa foi a primeira vez que os eleitores chilenos tiveram que comparecer às urnas de forma obrigatória.
Em plebiscito anterior, cerca de 80% da população do Chile defendeu que uma nova Constituição fosse escrita, após uma série de protestos de massa que se espalharam pelo país em 2019. A constituinte eleita pelos chilenos para reescrever a Carta Magna trabalhou por um ano no novo texto com o objetivo de substituir a Constituição do ditador Augusto Pinochet, de 1980.
Após o anúncio do resultado, o presidente chileno, Gabriel Boric, confirmou as expectativas e disse que buscará apoio para retomar os trabalhos constituintes. Em seu pronunciamento, o presidente chileno salientou o alto comparecimento às urnas e agradeceu a participação popular.

"Hoje o povo chileno falou, e o fez de forma clara e forte, nos entregando duas mensagens. A primeira é que valorizam e gostam de sua democracia, que confiam nela para superar as diferenças e avançar [...]. A segunda é que não ficaram satisfeitos com a proposta de Constituição que a convenção apresentou ao Chile. Essa decisão dos chilenos e chilenas exige que nossas instituições e atores políticos trabalhemos com mais empenho, com mais diálogo, com mais respeito e carinho, até chegar a uma proposta que nos dê confiança e nos una como país", afirmou.

Boric declarou ainda que a realização do plebiscito mostra que as instituições chilenas funcionam e que a democracia no país sai mais robusta desse processo. "É preciso escutar a voz do povo", disse.
© AP Photo / Marcio Jose SanchezPresidente chileno, Gabriel Boric fala durante sessão plenária na Cúpula das Américas, em 10 de junho de 2022
Presidente chileno, Gabriel Boric fala durante sessão plenária na Cúpula das Américas, em 10 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.09.2022
Presidente chileno, Gabriel Boric fala durante sessão plenária na Cúpula das Américas, em 10 de junho de 2022
O texto proposto foi aprovado ainda em julho por Boric. Entre as principais mudanças propostas pelo texto está a ampliação do papel do Estado na provisão de serviços como saúde e educação, além do fim da privatização das águas.
O rechaço ao texto liderava pesquisas recentes de intenção de voto. Apesar de uma tendência de ampliação de respostas favoráveis à aprovação, a rejeição foi maior que a esperada. Na última pesquisa divulgada pelo instituto chileno Cadem antes do pleito, apenas 37% dos entrevistados disseram aprovar a nova Constituição, enquanto 46% apontavam o rechaço.
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