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Cônsul alemão acusado de matar marido é declarado foragido após deixar o Brasil

© AP Photo / Michael SohnBandeira da Alemanha no Bundestag, o Parlamento federal alemão, em 19 de maio de 2021
Bandeira da Alemanha no Bundestag, o Parlamento federal alemão, em 19 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 30.08.2022
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Preso no início deste mês, Uwe Herbert Hahn embarcou para a Alemanha no domingo (28), dois dias após ganhar o direito de aguardar julgamento em liberdade.
O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn foi declarado foragido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta terça-feira (30), dois dias após deixar o país.
Hahn é acusado de matar o marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, com quem foi casado por mais de 20 anos. Preso no início deste mês, ele estava solto desde a última sexta-feira (26), libertado por um habeas corpus.
O crime aconteceu no dia 5 deste mês, uma sexta-feira. Na ocasião, Hahn acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), por volta das 20h00, afirmando que Biot havia sofrido uma queda em decorrência de um mal súbito.
Porém, ao chegar ao local, os socorristas notaram lesões no corpo do belga que lançavam suspeitas sobre a versão dada por Hahn. Biot morreu no local, e seu corpo passou por um exame de autópsia, que constatou que ele foi vítima de morte violenta. O laudo aponta mais de 30 lesões pelo corpo do belga e concluiu que a causa da morte foi uma hemorragia no crânio causada por um traumatismo na nuca.
Bandeiras da Alemanha no Bundestag em Berlim (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2022
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Paralelo a isso, a investigação da polícia feita no apartamento do casal constatou a existência de sangue pelos cômodos, em especial no quarto e no banheiro, e móveis fora do lugar, que apontavam uma dinâmica de morte violenta. Uma testemunha também relatou que a vítima era subjugada por Hahn e sofria abusos físicos e psicológicos. Mensagens encontradas no celular de Biot corroboraram com a versão.
No sábado (6), Hahn foi preso em flagrante, suspeito de ser o autor do crime. Um dia depois, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Desde então ele aguardava julgamento. Na sexta-feira (26), a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou a soltura de Hahn, sob o argumento de que promotores ultrapassaram o prazo para apresentação de denúncia. Com a soltura, ele ganhou o direito de aguardar pelo julgamento em liberdade. Porém seu passaporte não foi apreendido, e no domingo (28) ele embarcou para a Alemanha, com destino a Frankfurt.
Na última segunda-feira (29), promotores do MPRJ apresentaram a denúncia contra Hahn, que foi aceita pela 4ª Vara Criminal da Capital do TJRJ. Já fora do Brasil, Hahn teve o nome incluído na lista de foragidos, e a Polícia Federal solicitou sua inclusão na lista de procurados pela Interpol.
Nesta terça-feira (30), segundo informou a DW Brasil, o Ministério Público alemão informou que abriu uma investigação sobre o caso.
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