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Garimpeiros brasileiros são executados na Venezuela; corpos foram deixados no Brasil por helicóptero

© Foto / Reprodução / Redes sociais / Agência Amazônia RealImagens obtidas nas redes sociais mostram "traslado" de cinco corpos de mineiros da Venezuela até o Brasil, em 10 de agosto de 2022
Imagens obtidas nas redes sociais mostram traslado de cinco corpos de mineiros da Venezuela até o Brasil, em 10 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 13.08.2022
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Quatro mineiros brasileiros e um venezuelano foram executados na fronteira da Venezuela com o Brasil, segundo informou a agência Amazônia Real na última quinta-feira (11). O crime, que ocorreu entre 6 e 7 de agosto, fez com que um helicóptero ligado ao garimpo ilegal fizesse o "traslado" dos corpos do território venezuelano para o brasileiro.
De acordo com informações da reportagem, os cinco corpos foram deixados na pequena cidade de Iracema, em Roraima, que fica próxima à fronteira com a Venezuela.
Imagens feitas por garimpeiros na região do Cerro Delgado Chalbaud, na parte amazônica da Venezuela, mostram o helicóptero decolando na última quarta-feira (10), com os cinco corpos em uma rede presa por uma corda, em uma espécie de içamento.
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Em outro vídeo, o helicóptero deixa os corpos em uma área desabitada de Iracema, que fica a 93 quilômetros de Roraima, capital do estado, e que tem cerca de 10 mil habitantes.
Na última sexta-feira (12), o Instituto Médico Legal (IML) de Boa Vista identificou as pessoas: os brasileiros Francisco Pereira, 42 anos; Raimundo Charles da Conceição Pereira, 40 anos, que são irmãos; Dilviane Nunes da Silva, 35 anos, que seria a cozinheira do grupo; e João Barbosa da Silva, 57 anos. O IML disse que entre os mortos estava também um venezuelano: Oswaldo José Figuera Suarez, de 31 anos.

"Conforme o laudo pericial as mortes foram causadas por projéteis disparados por arma de fogo", informou a perícia em nota enviada à agência.

Um dia antes, na terça-feira (9), uma comissão do Ministério Público da Venezuela se deslocou de Caracas para Cerro Delgado Chalbaud, a fim de investigar o crime.
Aparentemente, a remoção dos corpos foi feita antes da equipe chegar na região.
Ainda de acordo com informações da Amazônia Real, uma das vítimas seria um garimpeiro conhecido como Branquinho, dono do maquinário para o garimpo ilegal no país vizinho.
José Altino Machado, fundador da União Sindical dos Garimpeiros da Amazônia Legal (Usagal), apontou falta de ação do governo brasileiro de Jair Bolsonaro (PL) no resgate, além de ressaltar que o Brasil retirou sua embaixada da Venezuela.

"Quem iria esperar mais? Conversar com quem? Não tem embaixada da Venezuela no Brasil. O governo brasileiro sabia que tinha morrido. Qual foi a missão do governo brasileiro? Qual foi o interesse do governo brasileiro? Teve alguém do governo que quis ir atrás dos corpos? Não teve. Não teve uma interlocução do governo com os venezuelanos", disse.

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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil não se pronunciou sobre o assunto.
Em um vídeo, um suposto indígena venezuelano acusa militares da Guarda Nacional do país como culpados pelos assassinatos.

"Foi a Guarda, foi a Guarda que matou cinco trabalhadores, os garimpeiros, e a cozinheira", diz o indígena, que mostrou os cartuchos de munição.

O vídeo mostra apenas as mãos do indígena, que não identifica a etnia ou o território a que ele pertence.
Por meio de nota, a Polícia Civil de Roraima informou que os corpos das cinco vítimas de homicídio foram liberados aos familiares para a realização do sepultamento. A vítima de origem venezuelana será transladada à Venezuela.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Iracema. No entanto, como se trata de um crime ocorrido em outro país, as informações serão encaminhadas ao Consulado da Venezuela, país a que cabe a apuração dos homicídios.
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