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Alemanha avalia possível proibição de vistos da União Europeia para russos

© Foto / isaevdmPassaporte russo sobre rublos (imagem de referência)
Passaporte russo sobre rublos (imagem de referência)  - Sputnik Brasil, 1920, 11.08.2022
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Chanceler do país diz achar "difícil imaginar" que tal medida seja implementada.
O chanceler alemão Olaf Scholz disse que "é difícil imaginar" que os vistos Schengen para russos sejam proibidos. Ele estava comentando sobre uma proposta apresentada pelo presidente ucraniano Vladimir Zelensky e apoiada pelos Estados Bálticos, bem como por políticos finlandeses.
Falando a jornalistas durante uma coletiva de imprensa federal nesta quinta-feira (11), o líder alemão disse que a responsabilidade pelo conflito na Ucrânia é do governo russo e não de seu povo.
"Portanto, acho difícil imaginar tais reflexões", disse Scholz sobre uma proibição completa de vistos para cidadãos russos. Ele explicou que a União Europeia (UE) já introduziu extensas sanções contra russos ricos por suas supostas ligações com o governo e afirmou que a Alemanha provavelmente vai continuar a fazê-lo. No entanto, ele afirmou que "não seria justificável" impor penalidades a todos os russos.
Na terça-feira (9), uma autoridade da UE também expressou a relutância do bloco em fechar suas fronteiras para todos os viajantes russos. "Você não quer proibir completamente todos os russos de viajar para a UE. Como vamos nos envolver?", disse o funcionário, que preferiu não se identificar, ao Financial Times, acrescentando que aqueles que não são a favor da operação militar especial na Ucrânia "precisam poder viajar também".
No início desta semana, políticos da Estônia e da Finlândia ecoaram a exigência de Zelensky de parar de emitir vistos de turista para todos os russos. "Visitar a Europa é um privilégio, não um direito humano", argumentou a primeira-ministra estoniana Kaja Kallas, afirmando que é "hora de acabar com o turismo da Rússia agora".
Kremlin (no plano de frente) e Ministério das Relações Exteriores russo (à direita, no plano traseiro) em Moscou, Rússia, foto publicada em 7 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.08.2022
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A primeira-ministra finlandesa Sanna Marin apoiou a ideia, dizendo que "não é correto" que os russos "possam viver uma vida normal, viajar pela Europa, ser turistas", enquanto Moscou se envolve em um conflito militar com a Ucrânia.
Moscou chamou a medida proposta de "delirante" e "irracional" e disse que a ideia lembra os sentimentos que foram ouvidos "literalmente 80 anos atrás de certos países no coração da Europa", como afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também apontou que uma proibição completa de vistos para viajantes russos iria contra as próprias regras e obrigações da UE, que afirmam que a entrada no bloco não pode ser negada com base na nacionalidade.
"Isso mataria toda a ideia de democracia, liberalismo, liberdade e, como dizem, 'tolerância zero' [de] xenofobia, nacionalismo e assim por diante", disse Zakharova em entrevista na terça-feira. "Se algum país da UE fizer isso, eles admitirão instantaneamente seu próprio nacionalismo, e nenhum cosmético o cobrirá."
Embora a maioria dos Estados da UE permaneça cética em relação à proibição de vistos proposta, o secretário de Estado da Alemanha, Steffen Hebestreit, disse que a medida seria, no entanto, um dos tópicos a serem discutidos durante as deliberações do bloco sobre o próximo pacote de sanções antirrussas.
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