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Astrônomos revelam que colisão com supernova pode ter gerado nebulosa mais famosa da galáxia

© Foto / NASA/JPL-Caltech/STScI/CXC/SAOImagem de Cassiopeia A composta por dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer (tons de vermelho), do Telescópio Espacial Hubble (tons de dourado) e do Observatório de Raios-X Chandra (tons de azul e verde). O pequeno e brilhante ponto azul-bebê fora do centro é o remanescente do núcleo da estrela
Imagem de Cassiopeia A composta por dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer (tons de vermelho), do Telescópio Espacial Hubble (tons de dourado) e do Observatório de Raios-X Chandra (tons de azul e verde). O pequeno e brilhante ponto azul-bebê fora do centro é o remanescente do núcleo da estrela - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2022
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Nova análise de uma das explosões mais famosas do cosmos revelou uma curiosa assimetria.
Em recente pesquisa publicada na The Astrophysical Journal e divulgada na Science Alert, cientistas revelam que parte da nebulosa interna da Cassiopeia A – um remanescente de supernova – não se expandiu uniformemente.
De acordo com os astrônomos, algo fez com que uma parte da nuvem se movesse, não para fora com o resto do material, mas para dentro, de volta à fonte da explosão como em um "choque reverso".
"O movimento para trás na parte oeste pode significar duas coisas", diz o astrônomo da Universidade de Amsterdã, na Holanda, Jacco Vink.
"Ou há um buraco em algum lugar, uma espécie de vácuo, no material da supernova, fazendo com que a camada quente de repente se mova para dentro do local. Ou a nebulosa colidiu com alguma coisa", afirmou Vink.
© Foto / J.Vink/astronomie.nlImagem do mapa de expansão de Cassiopeia A mostrando apenas duas conchas de nebulosas de explosão. As setas azuis à direita (os astrônomos chamam isso de lado oeste) mostram que a concha interna não está se movendo para fora, mas para dentro. As setas vermelhas mostram que os outros resíduos de explosão se expandem para fora
Imagem do mapa de expansão de Cassiopeia A mostrando apenas duas conchas de nebulosas de explosão. As setas azuis à direita (os astrônomos chamam isso de lado oeste) mostram que a concha interna não está se movendo para fora, mas para dentro. As setas vermelhas mostram que os outros resíduos de explosão se expandem para fora - Sputnik Brasil, 1920, 29.03.2022
Imagem do mapa de expansão de Cassiopeia A mostrando apenas duas conchas de nebulosas de explosão. As setas azuis à direita (os astrônomos chamam isso de lado oeste) mostram que a concha interna não está se movendo para fora, mas para dentro. As setas vermelhas mostram que os outros resíduos de explosão se expandem para fora
Cassiopeia A, localizada a 11.000 anos-luz de distância, é um dos objetos mais famosos e bem estudados da Via Láctea. É o que chamamos de remanescente de supernova, quando uma estrela massiva entra em colapso e, através de sua explosão, projeta no Universo uma grande nuvem de matéria.
Acredita-se que a supernova Cassiopeia A tenha sido observada pela primeira vez na década de 1670, iluminando o céu, e os astrônomos estudam o remanescente desde então. Ela emite luz em vários comprimentos de onda e consiste em uma grande concha esférica de material em expansão a uma taxa média entre 4.000 e 6.000 quilômetros por segundo.
Em seu novo estudo, Vink e seus colegas pesquisaram 19 anos de dados de raios X do Observatório de Raios X Chandra para entender como o remanescente vem mudando ao longo do tempo e descobriram que uma seção no lado oeste da região interna da concha está voltando para o centro, a velocidades entre 3.000 e 8.000 quilômetros por segundo.
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Não sabemos muito sobre a estrela progenitora que criou o remanescente de supernova Cassiopeia A. Não sabemos o quão grande era, quantos anos tinha ou qual era seu tipo espectral. Esses resultados, dizem os pesquisadores, podem fornecer algumas pistas.
"A dinâmica de choque relatada aqui fornece dicas importantes sobre a história de perda de massa tardia da progenitora, seja na forma de uma concha assimétrica parcial de perda de massa episódica, uma cavidade esférica criada por um breve vento de fase Wolf-Rayet ou talvez até uma combinação entre ambos", escrevem os pesquisadores.
Com o avanço das tecnologias é possível que novos detalhes ainda estejam sendo descobertos em Cassiopeia A. O jeito é esperar para que mais mistérios sejam revelados pelos próximos anos.
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